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Conheça as principais certificações do mercado financeiro

Possuir uma certificação pode representar uma vantagem em relação à outros profissionais da área

Conheça as principais certificações do mercado financeiro
Foto: Daniel Teixeira/Estadão
  • Enquanto qualquer um pode ser um investidor, se tornar um profissional do mercado financeiro exige mais conhecimentos
  • Existem certificações obrigatórias e outras complementares

Para começar a investir no mercado financeiro, basta ter um CPF registrado. Simples, não? Mas para trabalhar como profissional da área, no entanto, a história é outra.

Além de ter curso superior completo, algumas certificações financeiras são o passaporte de entrada para que a atividade se torne legal perante a lei.

Para ser um agente autônomo financeiro, por exemplo, é necessário ter uma certificação da Ancord (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias).

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Já para seguir carreira em bancos, é preciso um certificado da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), conhecido como CPA-10. Há quem tenha vocação para se tornar um gestor, mas, nesse caso, existem ainda mais exigências.

“Enquanto um sugere o que o cliente deve fazer, o outro toma decisões por ele. Por esse motivo são exigidos conhecimentos e certificações diferentes para cada cargo”, afirma Marco Harbich, estrategista da Terra Investimentos.

A fim de esclarecer os detalhes das certificações financeiras e de mercado, o E-Investidor consultou especialistas, que explicaram melhor as opções relevantes de cada área e cargo.

AAI

Para quem deseja fugir dos bancos e ser um Agente Autônomo de Investimentos (AAI), a certificação oferecida pela Ancord é a primeira que a pessoa deve buscar.

Como única entidade que possui autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para oferecer a certificação no Brasil, ela habilita o profissional a auxiliar as pessoas em seus investimentos e dar orientações gerais.

“Se a intenção é  trabalhar em uma corretora, a prova da Ancord é o ponto de partida. Só com ela a pessoa estará habilitada para vender os produtos”, diz Harbich, da Terra Investimentos.

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Para conseguir o certificado, a pessoa deve realizar uma prova eletrônica com 80 questões no período de 2h30. A  aprovação acontece ao ter pelo menos 70% das respostas corretas.

CPA

O Certificado Profissional Anbima (CPA) é a certificação mais comum do mercado financeiro e é dividida em dois níveis: o CPA-10 e o CPA-20.

Para trabalhar em bancos, o profissional deve ter no mínimo o CPA-10. Com o certificado, já é possível  atuar na área de prospecção de clientes ou venda de produtos de investimentos junto aos investidores pessoa física e jurídica.

A prova é realizada pela Anbima e possui 50 questões que devem ser respondidas em um período de 2h. A aprovação acontece com o mínimo de 70% das respostas corretas.

Já o CPA-20 é o próximo nível da certificação da Anbima e é destinado aos profissionais que buscam atuar na prospecção de clientes ou venda de produtos de investimento, porém com clientes de alta renda, como private banking, corporate e investidores institucionais.

“Para quem deseja trabalhar em bancos no mercado financeiro essa certificação é a porta de entrada”, diz Claudia Yoshinaga, Coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da FGV EAESP. Para conseguir o certificado, a pessoa deve realizar a prova da Anbima que possui 60 questões, em um período de 2h30 e acertar no mínimo 70% das respostas.

CEA

Também da Anbima, o Certificado de Especialista em Investimentos (CEA) é o próximo passo do CPA e é requisitado para os profissionais bancários que querem atuar como assessores de gerentes de contas de investidores. Assim, com esta certificação é possível indicar produtos financeiros e também supervisionar os que prospectam o cliente, os que vendem os produtos.

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Para conseguir o certificado, a pessoa deve realizar a prova da Anbima com 70 questões em um período de 3h30 – é necessário acertar no mínimo 70% das respostas.

“Todos os nossos profissionais da área comercial possuem o CEA. Ele é importante para manter um padrão de qualidade de quem vende os fundos”, afirma Daniel L. Abramovay, que atua na área de Relações com Investidores na Constância Investimentos.

CGA

Já para quem deseja trabalhar com  gestão profissional de recursos de terceiros, como carteiras ou fundos de investimentos, ter o Certificado de Gestores Anbima (CGA) é obrigatório.

Assim, o CGA é necessário tanto para quem deseja trabalhar como gestor de banco, como de uma corretora ou de gestora.

Ou seja, com o CGA o profissional tem a permissão para gerenciar um portfólio de investimentos e tomar decisões para alocar o dinheiro dos investidores onde ele acredita que terá melhor rentabilidade. “O gestor é aquele que escolhe os ativos do fundo, a compra e venda dos papéis. Para fazer isso ele tem que ter o CGA”, diz Abramovay.

Para conseguir o certificado, a pessoa deve realizar a prova da Anbima que possui dois módulos com 60 questões cada e acertar no mínimo 70% das respostas.

CNPI

Realizado pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais, o Certificado Nacional do Profissional de Investimentos (CNPI) é obrigatório e solicitado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que uma pessoa exerça a função de Analista de Valores Mobiliários.

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Ou seja, quem deseja trabalhar como especialista em análises e emissão de relatórios de bancos ou corretoras precisa deste certificado. Vale ressaltar que ele é dividido em três tipos: CNPI (para analistas fundamentalistas), CNPI-T (para analistas técnicos) e CNPI-P, sendo o mais completo e destinado aos analistas técnicos e fundamentalistas.

Para conseguir o certificado, a pessoa deve ser aprovada em três provas que podem ser aplicadas separadamente: conteúdo brasileiro, conteúdo geral e conteúdo técnico.

CFP

Voltado para quem deseja atuar como planejador financeiro, o Certified Financial Planner (CFP) tem validade de dois anos e habilita o profissional a trabalhar como consultor, avaliando objetivos e riscos de cada cliente para montar uma estratégia de investimento para cada perfil.

É importante lembrar que ele não é obrigatório, e sim um diferencial. Só podem tirar o certificado profissionais com mais de três anos de experiência no mercado. “Apesar de não ser obrigatório, cada vez mais esta certificação é requisitada pelos bancos e corretoras na busca por consultores”, comenta Claudia, da FGV EAESP.

Para conseguir o certificado, deve-se realizar a prova do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF), com 6 módulos que devem ser concluídos em 7h05.

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