O que este conteúdo fez por você?
- Um levantamento feito pela Grant Thornton, com 5 mil empresários de 29 países, constatou que o ESG é importante para os negócios para 89% dos entrevistados
- Para Cosme Astarloa, diretor de Estruturação Multiativos do Citi Brasil, as práticas de ESG têm ganhado notoriedade pois as pessoas querem que seus investimentos tenham um impacto positivo na sociedade
- Johnson & Johnson, Home Depot, Nvidia e Visa estão entre as primeiras posições do índice
As práticas de ESG (na tradução do inglês, Governança Ambiental, Social e Corporativa) entraram com força nos holofotes dos investidores no último ano. Se antes a ação era vista apenas como uma ideia, hoje se torna cada vez mais fundamental para as empresas. Não foi por acaso que o Citi desenvolveu uma família de índices globais ESG para ajudar grandes fundos na hora de escolher ativos e alocar os recursos, o chamado Citi World ESG Index.
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O índice, que é utilizado no mercado internacional, acabou de chegar ao Brasil. O Citi World ESG Index acompanha 300 ações selecionadas mensalmente.
Um levantamento feito pela Grant Thornton reforça a importância dessa novidades. O estudo ouviu cerca de 5 mil empresários em 29 países e constatou que, para 89% dos entrevistados, o ESG é importante para os negócios. Além disso, mais de 90% afirmam que as práticas de ESG podem melhorar a imagem das companhias. Desses, 43% concordam e 48% concordam fortemente com essa afirmação.
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Para Cosme Astarloa, diretor de Estruturação Multiativos do Citi Brasil, as práticas de ESG ganharam notoriedade pois as pessoas querem que seus investimentos tenham um impacto positivo na sociedade. “Isso tem se aproximado do grande público. Também há uma questão quantitativa, porque vemos que as companhias que têm as políticas de ESG claras e concisas têm menos riscos e um retorno melhor”, diz.
Como funciona
O Citi World ESG Index, segundo Astarloa, foi motivado pelas conversas com os clientes do banco que tinham uma demanda para a construção de portfólios ESG.
“Nós construímos o índice com o objetivo de tentar criar algo inovador que superasse os que existiram até então. Além disso, que trouxesse a questão de novos investimentos ou que os componentes do índice estivessem buscando dentro de cada setor, os melhores deles”, diz o diretor.
O índice do Citi acompanha as companhias presentes no MSCI World Index da Arabesque, uma empresa europeia sediada em Londres que, além de ser provedora de dados, é uma Asset Management.
“Nosso diferencial é a parceria com o provedor de dados Arabesque. A grande questão do ESG hoje é que não existe um padrão e isso tem sido uma das frustrações de muitos investidores. O que um provedor de dados pode considerar como um rate bom, outro pode considerar como ruim. Já que não somos o expert nº1 em ESG, quisemos fazer uma parceria com um provedor que vem fazendo investimentos na área há mais de 15 anos”, diz.
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Para entrar no índice MSCI World Index, as ações são filtradas pela liquidez e a negociabilidade. Ele também exclui empresas de tabaco, armas ou combustíveis fósseis.
Em seguida, são selecionadas as 40% melhores companhias, seguindo os critérios de ESG conhecidos como Score (a pontuação) dos setores regionais, que consistem em todas as ações presentes no MSCI World Index que pertencem a uma determinada região geográfica e de setor.
“Em vez de escolhermos os melhores ratings de todo universo de ações, o que fazemos é focar nos melhores rating comparativamente dentro de cada setor. Por exemplo, quando falamos que empresa que tem um rating 56, para saber se isso é bom ou ruim, depende de como está a média do setor. Se ela for em 40 está bom, já se a média for 65, este é um rating ruim”, diz.
Na opinião de Astarloa, a vantagem de ter construído um índice é que ele consegue entregar uma solução conforme a demanda dos clientes.
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“Quando criamos este tipo de produto pensamos tanto nos clientes asset management como também em quem é pessoa física. O que é legal da criação do índice é que não é um produto específico, ou seja, conseguimos estruturar diferentes projetos baseados neste índice. Por exemplo, podemos criar um fundo de índice, um ETF, uma nota estruturada e criar um capital protegido ligado a ele. Há várias alternativas para os investidores acessarem”, diz.
Outro ponto positivo levantado por Asatrloa é que o índice consegue verificar as empresas que utilizam das práticas de ESG para ganharem mais visibilidade sem colocar as políticas em prática.
“Hoje, não são todas as empresas que publicam e divulgam dados ESG. Muitas utilizam as práticas como relações públicas, com sentido de dar um impacto positivo. Tínhamos visto que muitas empresas divulgavam essa questão das políticas porque, de alguma forma, elas conseguiam passar o filtro ESG apenas pelo fato de ter a política. Construímos essa questão de acompanhar os resultados delas e aí sim é onde o Big Data da Arabesque é legal, ou seja, além de conseguirmos ver as ideias, vemos também a execução na prática”, diz.
Com os esforços de Big Data, por exemplo, a Arabesque consegue verificar se uma determinada empresa realmente está colocando mais mulheres no quadro de diretores, entre outras políticas.
Principais constituintes
O índice é composto por 300 empresas que são selecionadas mensalmente. Atualmente, as 10 primeiras posições do Citi World ESG Index são as empresas abaixo:
Nome | BlOOMBERG TICKER | Peso |
Johnson & Johnson | JNJ UN Equity | 1.8% |
Home Depot Inc | HD UN Equity | 1.7% |
Nvidia Corp | NVDA UW Equity | 1.7% |
Visa Inc | V UN Equity | 1.5% |
Verizon Communications Inc | VZ UN Equity | 1.4% |
Abbott Laboratories | ABT UN Equity | 1.4% |
AT&T Inc | T UN Equity | 1.4% |
Texas Instruments Inc | TXN UW Equity | 1.4% |
Accenture plc | ACN UN Equity | 1.3% |
Applied Materials Inc | AMAT UW Equity | 1.2% |
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