- O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) se caracteriza como a carteira teórica das ações mais negociadas na B3
- A importância do Ibovespa está totalmente relacionada ao fato de ele refletir o comportamento das principais ações negociadas no Brasil
O Ibovespa é o principal índice da bolsa de valores brasileira (B3) e sua função é indicar o desempenho médio das principais das ações do mercado local.
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Na sequência, você pode ver mais informações sobre o que é esse índice, qual é o seu histórico, como é constituído e ainda entender melhor o seu funcionamento prático. Confira!
O que é Ibovespa?
O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) se caracteriza como a carteira teórica das ações mais negociadas na B3. Isso significa que ele não é um ativo em si, mas sim um tipo de “portfólio”, que possibilita acompanhar a cotação das ações que o compõem.
Dessa forma, basicamente, o Ibovespa é um indicador de comportamento acionário, fornecendo dados sobre as oscilações positivas e negativas das ações mais negociadas na bolsa.
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Por isso, o IBOV (redução da sigla Ibovespa) é conhecido no meio financeiro como um “termômetro” que mensura o mercado nacional de ações.
Lembrando que esse recurso não é uma exclusividade do Brasil, no mundo todo há índices acionários e que têm como base as bolsas de valores.
Qual é a sua importância?
Basicamente, a importância do Ibovespa está totalmente relacionada ao fato de ele refletir o comportamento das principais ações negociadas na B3.
É um parâmetro excelente para quem quer operar ativos, uma vez que a partir de seus gráficos e suas cotações diárias é possível entender o momento da economia do país e a situação das empresas que estão na bolsa.
Assim, com base em informações precisas e confiáveis, o investidor pode avaliar se vale a pena investir nesses ativos.
Como surgiu o Ibovespa?
O Ibovespa foi computado a partir de 1968, ou seja, já está em vigor há mais de 54 anos no mercado financeiro, sendo o primeiro índice da Bolsa de Valores de São Paulo, criado pelo departamento da própria instituição.
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A criação teve como base o Índice da Bolsa de Valores (IBV), que correspondia à Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, onde se dava a maior negociação de ativos na época.
Sendo assim, utilizou-se a metodologia do IBV com a ideia de criar uma carteira teórica de um valor de mercado de 100 cruzeiros, o que faria o Ibovespa começar valendo 100 pontos.
Dessa maneira, a valorização do índice estaria atrelada à variação das ações que o constituem — conceito bastante semelhante ao que se tem hoje.
Qual é o histórico desse índice?
Os números refletem progressivamente a modernização do mercado financeiro. Em 2007, o Ibovespa atingiu 50 mil pontos. Após exatos dez anos, em 2017, o índice chegou aos 75 mil pontos. E, historicamente, atingiu os 100 mil pontos em 2019.
Entretanto, em julho de 2020, devido às instabilidades que a pandemia da covid-19 gerou também ao setor econômico, o índice sofreu uma queda expressiva, atingindo os 80 mil pontos.
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A surpresa veio em maio de 2021, quando o índice bateu um novo recorde (positivo, dessa vez) ao atingir os 125 mil pontos e elevar as expectativas de especialistas.
Como funcionam os pontos do Ibovespa?
Quando o Ibovespa foi criado, a carteira teórica era composta de 17 ações que valiam 100 cruzeiros novos. Atualmente, os pontos do índice são dados a partir do valor em reais das ações que o constituem.
Por exemplo, se um investidor deseja compor uma carteira de forma idêntica ao índice, com cada uma das ações que o compõem, o custo será em torno de R$125 mil, que é a quantidade de pontos do Ibovespa atualmente.
Contudo, é preciso destacar que o mais importante do índice não é a pontuação em si, embora ela seja relevante para compreender a valorização da bolsa de valores e demarcar altas e quedas históricas.
Desse modo, o mais relevante é a variação da pontuação do índice em um determinado período, uma vez que as oscilações positivas e negativas do Ibovespa correspondem às das empresas que o constituem.
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Assim, o índice é mensurado a partir da cotação de todas as ações que o integram.
Qual é a composição do Ibovespa?
As ações que constituem o Ibovespa não são fixas. Para fazer parte do IBOV, é avaliado previamente o desempenho das ações da empresa nos últimos 12 meses, junto à observação de outros critérios de inclusão.
Também são feitas revisões periódicas para validar se as ações devem (ou não) continuar fazendo parte dessa carteira teórica.
No momento (novembro de 2022), diversos ativos compõem o índice. Veja alguns deles a seguir:
- Ambev (ABEV3)
- Azul (AZUL4)
- Bradesco (BBDC3, BBDC4)
- Cielo (CIEL3)
- Eletrobras (ELET3, ELET6)
- Gol (GOLL4)
- Itaú Unibanco (ITUB4)
- Magazine Luiza (MGLU3)
- Grupo Natura (NTCO3)
- Lojas Americanas (LAME4)
- Petrobras (PETR3, PETR4)
- Vale (VALE3)
Também é possível acompanhar as mudanças e conferir a lista completa no site da B3.
Como operar o Ibovespa?
Uma vez que o Ibovespa não é um ativo em si, mas sim um índice que serve como uma carteira teórica de ações, não é possível investir diretamente nele, mas é possível buscar alternativas para operá-lo, como:
- ETFs — fundos de índice negociados na bolsa de valores;
- Fundos de ações Ibovespa — nesse caso, é possível comprar cotas de um fundo de ações, como o BOVA11, que segue a carteira do Ibovespa e terá um resultado próximo ao do próprio índice;
- Contrato futuro de Ibovespa — são contratos baseados no IBOV, o investidor compra um lote com uma data predefinida e a cotação é equivalente aos pontos do índice.
Fonte: B3