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- "Embora o caso da Americanas possa ser um problema para as ações [da Ambev], acreditamos que as preocupações são injustificadas", diz o Credit Suisse
- O Credit Suisse reitera recomendação outperform (equivalente à compra) para Ambev, com preço-alvo de R$ 18, representando um potencial de alta de 33% ante o fechamento de sexta-feira (20)
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O Credit Suisse reitera que o anúncio da Americanas (AMER3) sobre inconsistências contábeis (que levou a companhia a uma recuperação judicial) abriu uma caixa de Pandora de muitas incertezas e avalia o impacto do caso nas ações da Ambev. “Embora o caso da Americanas possa ser um problema para as ações [da Ambev], acreditamos que as preocupações são injustificadas”, diz.
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A casa afirma que, ao contrário da Americanas, a Ambev (ABEV3) é um forte gerador de fluxo de caixa livre (FCF), com um rendimento (yield) de aproximadamente 6% o fluxo de caixa livre (FCF) esperado para 2023 e 2024, e tem sólida dinâmica de capital de giro.
O Credit Suisse reitera recomendação outperform (equivalente à compra) para Ambev, com preço-alvo de R$ 18, representando um potencial de alta de 33% ante o fechamento de sexta-feira (20).
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Além disso, o banco suíço destaca que a Ambev vem passando por uma transformação cultural significativa após as mudanças na gestão em 2020, saindo do chamado “3G-Way” (em referência aos acionistas de referência da Americanas Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles) para um ecossistema saudável e sustentável pautado em consumidor-cliente-fornecedor. “A AmBev pode ser vítima do trio 3G? Em primeiro lugar, a Ambev não tem exposição a operações de financiamento de fornecedores”, destaca.
Sobre o receio de que Lemann, Sicupira e Telles exijam dividendos extraordinários da Ambev, o Credit Suisse avalia que o cenário é “altamente improvável, uma vez que o trio está vinculado a um acordo de acionistas (stichting) válido até 2034 e, portanto, sujeito a algumas restrições”.
Segundo o banco, o stichting restringe os acionistas de transferir suas participações fora dos cessionários ou afiliados permitidos.
O Credit Suisse afirma que as despesas financeiras significativas da Ambev, apesar de caixa líquido, ocorrem porque a maior parte da dívida bruta da companhia está relacionada à contabilidade de arrendamento IFRS-16 (cerca de 90% no terceiro trimestre de 2022), enquanto os empréstimos bancários representam a parte restante.
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“Em ordem de relevância, a composição das despesas financeiras da AmBev é a seguinte: valor justo das contas a pagar de acordo com os padrões IFRS-13; provisões de opções de venda na República Dominicana; provisionamento de incentivos fiscais e arrendamentos; e juros sobre dívidas”, escrevem os analistas Marcella Recchia e Fernanda Sayão, em relatório.