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- São 587 fundos de ações, 469 de debêntures e 8 imobiliários
- O fundo mais afetado tem exposição de 99,64%
- O fundo com menor exposição tem participação de apenas 0,07%
Nesta quinta-feira (19), a Americanas (AMER3) entrou com pedido de recuperação judicial na Quarta Vara Empresarial do Rio de Janeiro. No total, as dívidas da varejista somam aproximadamente R$ 43 bilhões.
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As revelação de “inconsistências contábeis” nos balanços não atingiram somente detentores de ações da varejista. Diversos bancos, fundos de ações, debêntures e imobiliários tinham detinham ativos da varejista. Desde o início da crise, os papéis da empresa caíram mais de 80%.
Segundo um levantamento realizado pelo Economatica, a pedido do E-Investidor, 1.056 fundos (587 de ações e 469 de debêntures) têm a Americanas na composição das suas carteiras. Além desses, foram registrados 8 fundos imobiliários afetados pela queda da Americanas, segundo levantamento da Suno Research.
Entre os produtos financeiros mais afetados estão o Colorado FIA Ie, com exposição de 99,64% do seu portfólio na empresa, e o fundo imobiliário MAXR11 (FII Max Retail), com 34% da receita.
Fundos de ações e debêntures
Dentro dessas categorias de fundos, o Colorado FIA apresenta a maior dependência de desempenho da Americanas, enquanto o menos impactado foi o Bradesco FI RF Master III Previdência, com participação de apenas 0,07%.
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Os fundos de ações são compostos apenas por papéis negociados em Bolsa e visam superar um índice de referência, como o Ibovespa. As debêntures, por sua vez, funcionam como um “empréstimo” de capital para uma companhia que, em troca, se compromete a pagar o montante ao cotista com uma remuneração extra na forma de juros – e a Americanas já anunciou o primeiro calote. As regras e prazos nesse segundo caso são definidas no momento da emissão do produto.
O fundo Moat Capital anunciou o fim de posições ON de Americanas na quarta-feira (18).
Confira a relação dos fundos impactados pelo rombo da Americanas:
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Fundos Imobiliários
Entre os fundos que têm a Americanas como inquilino, o evento mais recente foi o da renovação de contrato da Bresco Logística, que em novembro de 2022 anunciou um novo acordo para a locação do imóvel em Contagem-MG até 30 de setembro de 2027.
Os dois casos de FIIs mais preocupantes consistem na GGR Covepi Renda FII, que está comprando o último terreno da CSHG Fundo Logística, em Uberlândia-MG, o que deve aumentar a participação da varejista na receita do fundo; e no Max Retail, que tem um terço da receita atrelada à Americanas, de acordo com as fontes consultadas pelo E-Investidor.
Ainda assim, analistas como Caio Araújo, da Empiricus, afirmou que recomenda que investidores comprem ou ao menos mantenham suas posições nos fundos BTLG11, BRCO11 e XPLG. Tais ativos, explica, devem ter um impacto menor diante das questões financeiras da varejista, já que estão expostos aos resultados de outras companhias.
De acordo com o XP Log FII, no documento que explica as características do produto, os principais locatários do fundo são: Via (17%); Leroy (13%); e Grupo Pão de Açúcar (9%) – a Americanas está em quarto lugar.
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Gabriel Fiorillo, sócio e head de fundos imobiliários da Acqua Vero Investimentos, por sua vez, acredita que os investidores não precisam se preocupar com os fundos imobiliários, já que os produtos possuem negócios com outras companhias e não só com a Americanas.
Confira a lista de fundos imobiliários com participação na Americanas:
- MAXR11 (FII Max Retail): 34% da receita é advinda da Americanas;
- GGRC11 (GGR Covepi Renda FII): 19,91%;
- XPLG11 (XP Log FII): 8%;
- LVBI11 (FII VBI Logístico): 7%;
- BRCO11 (Bresco Logístico): 6%;
- VIUR11 (Vinci Imóveis Urbanos FII): 1%;
- RBRL11 (Rbr Log – Fundo de Investimento Imobiliário): o valor não foi informado, mas o contrato foi rescindido;
- HGLG11 (CSHG Logística): em estágios finais de venda do seu terreno alugado pela Americanas para o GGRC11