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Duas gigantes da tecnologia estão brigando pelo posto de 2ª empresa mais valiosa do mundo

Inteligência artificial desempenha papel importante na trincheira das big techs; entenda a disputa

Duas gigantes da tecnologia estão brigando pelo posto de 2ª empresa mais valiosa do mundo
Loja da Apple (Imagem: Adobe Stock)

Que as big techs são os novos feudos do ambiente digital já não é novidade para ninguém. Não por acaso, as cinco companhias mais valiosas do mundo, atualmente, são todas responsáveis por cercar e disputar o mercado de tecnologia, segundo os números do Companies Market Cap — plataforma em tempo real com dados do mercado.

Mas desde a semana passada, um embate em particular chama a atenção de investidores, analistas e usuários de serviços dessas companhias: a briga pelo 2º lugar que vem se acirrando, entre a Apple (AAPL34) e a Nvidia (NVDC34).

O movimento mais recente no tabuleiro das big techs garantiu à Apple a retomada do posto que havia sido perdido no começo desta semana. As ações da fabricante do iPhone fecharam na última terça-feira (11) negociadas a US$ 207,15, alavancando o market cap da companhia para US$ 3,176 trilhões. Os papéis tiveram alta expressiva de 7,3% na Nasdaq. E o contexto em que isso se deu é, no mínimo, curioso.

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A Apple anunciou, na véspera da retomada do 2º lugar, que sua assistente pessoal, a Siri, contará com aprimoramentos na área de expertise da concorrente Nvidia: inteligência artificial (IA). Como se não bastasse, confirmou a integração do sistema operacional iOS com o ChatGPT, após longo período de flertes com a OpenAI, dona do chatbot mais famoso do mundo.

Do outro lado do fronte

Na quinta-feira (6) da semana passada, as ações da Nvidia dispararam, atingindo valores recordes para a empresa. A fabricante de chips e um dos expoentes da IA no mundo viu suas ações serem negociadas a US$ 1.224,40 no fechamento, e seu valor de mercado bater os US$ 3,012 trilhões naquele dia — ultrapassando os US$ 3,003 trilhões da Apple.

Não satisfeita, a Nvidia ainda anunciou o desdobramento de ações na proporção de dez para um — posta em prática já na sexta-feira (7). A medida visava reduzir o valor unitário dos papéis (sem depreciar seu valor de mercado) para atrair mais acionistas. Dito e feito: na última terça-feira (11), as ações da fabricante de chips de IA fecharam negociadas a US$ 120,91 — muito inferior ao preço praticado antes da efetivação do desdobramento.

Ainda que a Apple tenha reconquistado a vice-liderança, somente atrás da Microsoft (MSFT34), o momento vivido pela Nvidia é visto por especialistas como muito favorável à fabricante de chips. Beth Kindig, analista técnica principal do I/O Fund, avalia que a Nvidia pode atingir US$ 10 trilhões em valor de mercado nos próximos seis anos — mais que o triplo do valor atual.

Nos últimos 12 meses, a empresa de chips de IA acumula alta de 211% em Nova York; já os BDRs da Nvidia são ainda mais otimistas: valorização de 245% no mesmo período. Se comparados com o crescimento de 14,7% dos papéis da Apple (e 23,5% dos BDRs) em 12 meses, a Nvidia pode ter razões de sobra para acreditar que a vice-liderança ‘é logo ali’.

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