Uma parte das incertezas dos mercados foi diluída com a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em reduzir os juros americanos em 50 pontos-base na última quarta-feira (18). Agora, com o ciclo de afrouxamento monetário em vigor nos EUA, há três datas com potencial de movimentar o mercado acionário até as eleições presidenciais e que devem estar no radar dos investidores.
Segundo a análise do Bank Of America (BofA), os relatórios de folha de pagamento não agrícola que serão divulgados nos dias 4 de outubro e 1º de novembro têm um potencial de impacto de 1% (para qualquer direção) no mercado de opções a depender dos resultados. “Surpresas positivas nesses dois dados devem ser um fator positivo para as ações no futuro”, disse o BofA em relatório.
Já no próximo dia 10 de outubro, será a vez do CPI (índice de inflação ao consumidor) de setembro, que dará subsídios ao mercado sobre o que esperar dos próximos passos do Fed sobre a política monetária nos EUA. Por outro lado, os analistas do banco de investimentos avaliam que o impacto no mercado financeiro será menor em comparação aos dados de trabalho.
“Antes do primeiro corte, os dados de inflação eram os dados mais importantes a serem observados. Mas agora que o Fed começou seu ciclo de corte, achamos que os dados do mercado de trabalho (por exemplo, NFP) serão mais importantes a serem observados do que a inflação”, disse o Bank of America.
A temporada de balanço das principais empresas de tecnologias, as big techs, também deve direcionar o desempenho da bolsa dos Estados Unidos. Previstos para divulgação entre os dias 21 de outubro e 25 de outubro, os resultados irão sinalizar os avanços dos investimentos das companhias em inteligência artificial e seus respectivos retornos financeiros.
Para o dia 6 de novembro, quando ocorrerá o primeiro pregão após as eleições presidenciais, a estimativa do banco de investimento é de que a repercussão do mercado possa impactar em 2,5% o S&P 500 em qualquer direção.