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- O mercado espera resultados operacionais melhores em comparação ao 4T de 2022 com crescimento de receita de 10% e lucro de R$ 2 bi
As atenções do mercado devem dar uma pausa para a crise política envolvendo Petrobras (PETR3/PETR4) e Vale (VALE3) para analisar os resultados da Eletrobras (ELET3), referente ao quarto trimestre de 2023. Os números estão previstos para serem divulgados nesta quarta-feira (13), após o fechamento do pregão.
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A expectativa é que a companhia consiga apresentar uma melhora operacional com aumento das margens e redução de custos, especialmente na comparação anual. A ansiedade dos analistas se baseia na ausência de despesas não recorrentes que foram responsáveis por prejudicar os resultados da companhia no quarto trimestre de 2022.
Na época, a Eletrobras precisou arcar com custos de quase R$ 4 bilhões com o programa de demissão voluntária (PD) e com a inadimplência da distribuidora Amazonas Energia. “Esperamos um EBITDA da Eletrobras de R$ 4 bilhões no 4T de 2023, sendo que no mesmo período de 2022 a empresa entregou um EBITDA de R$ 2 bilhões”, afirma Arlindo Souza, analista da levante corp.
O mercado também acredita no potencial da companhia em reverter o prejuízo de R$ 279 milhões no quarto trimestre de 2022 em lucro. Segundo Victor Bueno, sócio e analista de ações da Nord Research, a projeção é que a empresa projete um lucro de R$ 2,08 bilhões além de um crescimento de receita na ordem de 10%. “Acredito que grande parte desse otimismo está precificado desde a conclusão da privatização já que a tendência natural seria uma melhora operacional e nos resultados”, avalia Bueno.
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O ponto de atenção, citado pelo analista, está ligado aos dividendos. Embora a companhia busque se tornar mais eficiente, ainda não há previsão de quando irá pagar bons dividendos. No atual momento, segundo o analista da Nord, o dividen yield (DY) da companhia possui um rendimento de 3,10% nos últimos 12 meses.
“Não vejo grandes oportunidades de investimento. Os múltiplos são muito parecidos com as outras empresas, especialmente as transmissoras de energia. A ISA CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) tem um DY de 8%, por exemplo”, acrescenta Bueno.
No entanto, há analistas que avaliam a empresa como atrativa para o investidor e, por essa razão, merece espaço no portfólio. “É a nossa ação preferida do setor elétrico e mantemos um preço-alvo de R$ 51”, afirma Souza da Levante. A Genial também mantém uma recomendação de compra com um preço-alvo de R$ 47,50.
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