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- A maioria dos mercados acionários na Europa fechou no campo positivo, sustentados pela confiança dos investidores de que o fim das quarentenas levará a uma recuperação em "V" da atividade econômica
- Nos EUA, após intensa volatilidade, os principais índices acionários fecharam sem um viés único, mesmo após o discurso do presidente do Fed, que sinalizou que o banco central americano tem mais recursos disponíveis para adotar medidas de estimulos adicionais, se for necessário
- No Brasil, a expectativa por mais um corte na taxa Selic e pelo comunicado do Copom contribuiu para a forte alta do Ibovespa. O vencimento de opções sobre Ibovespa e a possibilidade de privatização da Eletrobras também influenciaram os negócios
- Na agenda econômica local desta quinta-feira, destaque para a divulgação do IBC-Br de abril
A sessão desta quarta-feira foi de instabilidade para as principais bolsas no exterior, com os investidores monitorando novos focos de covid-19 em Pequim e em alguns estados norte-americanos, e tensões geopolíticas entre a China, a Índia e as Coreias do Norte e do Sul. Mas apesar disso, a maioria dos mercados acionários na Europa fechou no campo positivo, sustentados pela confiança dos investidores de que o fim das quarentenas levará a uma recuperação em “V” da atividade econômica.
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Nos EUA, após intensa volatilidade, os principais índices acionários fecharam sem um viés único, mesmo após o discurso do presidente do Fed, que sinalizou que o banco central americano tem mais recursos disponíveis para adotar medidas adicionais, se for necessário.
No Brasil, a expectativa por mais um corte na taxa Selic e pelo comunicado do Copom contribuiu para a forte alta do Ibovespa que fechou com valorização de 2,16% aos 95.547 pontos com giro financeiro de R$ 69,4 bilhões. O vencimento de opções sobre Ibovespa e a possibilidade de privatização da Eletrobras também influenciaram os negócios. Após o fechamento do pregão, o Copom confirmou a expectativa do mercado e cortou a Selic em 0,75 p.p. para 2,25%.
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Na agenda econômica local desta quinta-feira, destaque para a divulgação do IBC-Br de abril.
Economia
Serviços de abril (-11,7% ante o mês anterior): os piores impactos novamente sentidos nos serviços prestados às famílias Em abril, o volume de serviços ficou um pouco abaixo da expectativa de consenso de -10,6% em relação ao mês de março. A deterioração continuou em todas as categorias, mas os serviços às famílias foram novamente atingidos com mais força.
O volume de serviços continuou a cair acentuadamente, -11,7% ante o mês anterior, após queda de 7,0% em março. Esse resultado foi um pouco pior que a expectativa de consenso (-10,6%). Na variação anual, o indicador caiu 17,3% em abril, contra -2,8% no mês anterior. Piores desempenhos em todas as categorias, mas os serviços prestados às famílias continuam liderando a queda.
Para abril, os números divulgados mostraram piores resultados em todas as categorias. No entanto, destacamos a forte queda nos serviços prestados às famílias no mês, uma queda de 44,1% em relação ao mês anterior, ante -31,2% em março.
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Em relação às demais categorias, observou-se deterioração em cada categoria: transporte e correios (-17,8% na comparação mensal vs. -8,7% em março na mesma base de comparação), profissional, administração e serviços complementares (-8,6% vs. -7,2%), outros serviços (que incluem predominantemente corretores de seguros, previdência e saúde)(-7,4% vs. -1,5%) e informação e comunicação (-3,6% vs. -1,3%).
Nossa visão: Outra forte queda na atividade econômica e desta vez no setor de serviços. Como esperado, a categoria mais atingida continuou sendo os serviços prestados às famílias, devido a interrupções no turismo e serviços não essenciais, como o fechamento de restaurantes e bares limitados a entregas. Os serviços de transporte e correio também continuaram sofrendo devido a choques de demanda e oferta. Com o alívio gradual das medidas de bloqueio a partir de meados de maio em todo o país, esperamos que a atividade econômica tenha atingido seu ponto mais baixo em abril, com uma lenta recuperação que provavelmente se materializará nos próximos meses. Por enquanto, a área econômica do Bradesco BBI mantem estimativa de -7,00% do PIB para 2020.