A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) divulgou na quinta-feira (9) que as ofertas das companhias brasileiras no mercado de capitais atingiram a marca de R$ 514,9 bilhões desde o começo do ano até novembro. De acordo com dados da instituição, ainda estão em análise e em andamento operações que podem somar mais R$ 13,8 bilhões aos resultados de 2021.
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As debêntures têm se mantido como o instrumento favorito das empresas para a emissão de dívida corporativa. Em novembro, foram captados R$ 38,1 bilhões, o que representa 66% do montante total ofertado no mercado de capitais no mês. No ano, o volume arrecadado por esses títulos é de R$ 224,7 bilhões (44% do total). “O bom desempenho das debêntures tem sido impulsionado pelo novo ciclo de alta dos juros”, afirma José Eduardo Laloni, vice-presidente da Anbima, em nota.
O destaque, porém, são os fundos de investimento que ganham cada vez mais participação, diante da maior atratividade dos ativos de renda fixa ao longo do ano com as frequentes altas de juros para tentar conter a inflação. Eles ficaram com 39,3% das ofertas realizadas entre janeiro e novembro, atrás apenas dos intermediários e demais participantes ligados às ofertas, com 43,7%.
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Os demais ativos de renda fixa também apresentaram alta nas emissões em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) captaram R$ 18,5 bilhões até novembro, contra R$ 10 bilhões no mesmo período de 2020 (aumento de 84%).
Em seguida, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direito Creditório) tiveram alta de 80%, atingindo R$ 57 bilhões, contra R$ 32 bilhões no ano passado.
Já os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) dobraram o volume captado, passando de R$ 13,1 bilhões para R$ 26,5 bilhões, resultado recorde na série histórica da Anbima, iniciada em 2011. “São números muito significativos, especialmente porque ocorrem em um período de muita volatilidade do mercado”, avalia Laloni.
Renda variável
As emissões referentes à renda variável em novembro se concentraram nas operações de follow-on, com as emissões totais somando R$ 3,2 bilhões no mês. No ano, as ações são responsáveis pela captação de R$ 128,4 bilhões, o que corresponde a 25% do total emitido no mercado de capitais.
No mercado externo, foi registrada no último mês apenas uma operação de US$ 1 bilhão, correspondente à emissão de bônus. No ano, o total é de US$ 25,4 bilhões, incluindo ofertas de renda fixa e variável.
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