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- Até às 17h desta segunda-feira (19), as ações da Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) operavam em alta de 2,86% e 1,47%, respectivamente, aos R$ 9,71 e R$ 6,22
- A valorização dos papéis acontece no primeiro dia de greve dos pilotos e comissários, anunciada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) na última sexta-feira (16)
- "É natural que depois de uma queda forte haja um certo movimento de respiro. Não é uma alta consistente", afirma Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed
Até às 17h desta segunda-feira (19), as ações da Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) operavam em alta de 2,86% e 1,47%, respectivamente, aos R$ 9,71 e R$ 6,22. A valorização dos papéis acontece no primeiro dia de greve dos pilotos e comissários.
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A paralisação foi anunciada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) na última sexta-feira (16) e deve ocorrer somente durante duas horas ao dia, das 6h às 8h. Veja nesta matéria o impacto da greve sobre as aéreas.
Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed, casa de análise e empresa de tecnologia e educação para investidores, explica que não só aéreas, mas várias ações do setor de consumo sobem na sessão.
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Isto porque esses papéis estão bastante depreciados. AZUL4 e GOL4, por exemplo, acumulam uma desvalorização de mais de 60% em 2022. Com o noticiário mais ameno, os ativos tendem a recuperar um pouco o fôlego.
“A ausência de notícias ruins gerou um pouquinho de compra nesses ativos que estão muito amassados. É natural que depois de uma queda forte haja um certo movimento de respiro. Não é uma alta consistente, seria uma alta pontual. Aquilo que na análise técnica chamamos de correção”, afirma Petrokas.
Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil, afirma que o mercado antecipou o impacto da greve com a queda observada na data em que a paralisação foi comunicada. Na última sexta, as ações da Azul terminaram as negociações em baixa de 4,16%, enquanto os ativos da Gol finalizaram o dia com uma derrocada de 5,4%.
“Veremos para onde as ações vão caminhar a partir dos próximos dias, a depender do desenrolar da greve. A priori, o melhor é acompanhar, e evitar movimentos precipitados, pois o cenário para elas pode mudar rapidamente, isso vale para os comprados e para os vendidos”, recomenda Alves.
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Petrokas, da Quantzed, não recomenda as compras dos papéis, não só pela questão da greve, mas principalmente pela falta de gatilhos para o setor. O cenário, segundo ele, continua desafiador para as aéreas, que são bastante sensíveis às decisões sobre a taxa básica de juros da economia, a Selic. Em resumo, quanto mais altos os juros, menor a renda disponível para a população consumir e mais dificuldade essas companhias terão de manter o crescimento, já que são dependentes do consumo.
Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. Sem definição quanto à política fiscal do governo eleito para 2023, entretanto, não há visibilidade quanto a possíveis cortes nos juros. “É uma tempestade perfeita para essas companhias, e isso inclui Gol e Azul”, afirma Petrokas.