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Guedes: Previsões de recessão em 2022 são exageradas

Porém, o Ministro da Economia disse que inflação deve incomodar mais no próximo ano

Para Guedes, não é possível falar em recessão da economia, mas, sim, numa "desacelerada forte". Foto: Dida Sampaio/Estadão
  • Para Guedes, não é possível falar em recessão da economia, mas, sim, numa "desacelerada forte"

O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou como “exageradas” as previsões de que a economia brasileira sofrerá recessão no próximo ano, mas reconheceu que a inflação “vai incomodar mais”.

“Inflação está subindo, tipo chato, de choque de oferta, subida de custo, de energia, combustível, energia. É do tipo indigesto, muito ruim, desacelera, sim, por isso não vamos crescer 4,5%, 5%, vai crescer bem menos. Mas partir daí para dizer que vamos ter recessão, é de novo da turma da falsa narrativa. Não é isso que vai acontecer”, afirmou Guedes no 93º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic).

Para Guedes, não é possível falar em recessão da economia, mas, sim, numa “desacelerada forte”. “Juros subindo, justamente para combater a inflação. Está tranquilo quando os juros estiverem na frente da inflação”, continuou o ministro, elogiando a atuação de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central e afirmando que é do “tempo” em que se derrubava a inflação a “machadada”. “Tem toda metodologia de combate baseada nas metas de inflação, nos avisos. A geração antiga derrubava inflação a machadada”, afirmou o ministro, que ressaltou o desemprego caindo em “alta velocidade”.

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Questionado ainda sobre as perspectivas para a construção civil em 2022, Guedes disse que será um ano “com muito barulho político”. “Eu acho que vai haver crescimento, mais baixo, porém haverá. Nós, setorialmente, podemos minimizar o impacto se conversarmos. Temos ferramentas, seja alongamento das prestações, dos prazos, para tornar coisa compatível, seja recursos do Auxílio Brasil que vamos dar”, disse o ministro, falando ainda em “acelerar um pouco a abertura da economia” em setores que estejam “exagerando nos reajustes”.

“Para não deixar um setor explorar o outro só porque está com a economia superaquecida”, completou.