No exterior, foco do investidor ficou sobre o resultado do índice de preços nos Estados Unidos, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de maio. Além disso, seguiram no radar as negociações comerciais entre autoridades do país americano e da China.
Investidores também ficaram de olho nos desdobramentos das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. O presidente Trump afirmou hoje que o acordo com a gigante asiática está concluído, sujeito à aprovação final do próprio republicano e do presidente chinês, Xi Jinping. Ele disse que quaisquer bens de terras raras necessários serão fornecidos, antecipadamente, pela China.
Ibovespa hoje: o que impulsiona o índice
Como estão as ações hoje?
Apesar do desempenho majoritariamente positivo dos grandes bancos — com destaque para o Santander (units +4,65%) — e da alta nas ações da Petrobras (ON +2,93%, PN +3,33%), o mercado refletiu cautela no exterior. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que, embora respeitosa, a negociação com a China ainda exige muitos ajustes, mesmo seguindo na direção certa.
Esse cenário pressionou os papéis da Gerdau (PN -3,68%) e da Metalúrgica Gerdau (-3,92%), que vinham se beneficiando da expectativa de ganho com as tarifas impostas recentemente pelo governo Trump — dada a relevante produção do grupo em solo norte-americano.
Mercado global: CPI dos EUA e a trégua comercial EUA‑China
Os índices das bolsas de Nova York encerraram mistos após fechamento positivo ontem com sinalizações positivas sobre as conversas entre EUA e China.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,1% em maio ante abril, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pelo Departamento do Trabalho. Na comparação anual, o avanço foi de 2,4% em maio. Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperavam para maio altas de 0,2% e 2,5%, respectivamente.
Em abril, o índice cheio do CPI teve alta de 0,2% na comparação mensal e acréscimo de 2,3% no confronto anual.
Testemunhos do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na Câmara dos Representantes e em comitê do Senado sobre orçamento fiscal também ficaram no radar. O Dow Jones ficou estável, o S&P 500 recuou 0,27% e o Nasdaq teve perda de 0,50%.
Bolsas europeias caem; bolsas asiáticas fecham em alta
As bolsas da Europa fecharam na maioria em baixa hoje, recuando na zona do euro e com leve alta em Londres, em sessão que teve como destaque o anúncio de um acordo comercial entre Estados Unidos e China. Ao mesmo tempo, uma reportagem da Bloomberg apontou que a União Europeia (UE) acredita que as negociações comerciais com os EUA podem se estender além do prazo de 9 de julho do presidente Donald Trump, mesmo com o aumento da velocidade das conversas na última semana.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,27%, a 551,64 pontos. Madri teve o pior desempenho na região, pressionada pela ação da controladora da varejista Zara, a Inditex, que apresentou resultado trimestral de vendas pior do que o esperado, recuando 4,37%, enquanto o Ibex 35 caiu 0,61%, a 14.134,10 pontos. Em Milão, onde o FTSE MIB recuou 0,07%, a 40.180,24 pontos, o Unicredit subiu 0,42%, em dia no qual seu CEO disse que no nível atual de preços, não vê valor para seus investidores na aquisição do alemão Commerzbank, que caiu 0,61% em Frankfurt, onde o DAX recuou 0,16%, a 23.948,90 pontos.
Em Paris, onde o CAC 40 teve queda de 0,36%, a 7.775,90 pontos, o Société Generale subiu 0,84%, em dia no qual anunciou que será o primeiro dos principais bancos a lançar um programa de stablecoin. Em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,21%, a 7.479,49 pontos. Fora da zona do euro, o FTSE 100 avançou 0,13%, a 8.864,35 pontos, em Londres.
As bolsas asiáticas fecharam em alta com o avanço nas negociações comerciais que chegaram a um consenso preliminar para resolver restrições chinesas à exportação de minerais raros. O acordo sino-americano ainda precisa ser aprovado pelos presidentes dois países, que haviam trocado acusações de violar a trégua anterior.
O índice sul-coreano Kospi subiu 1,23% em Seul. O Hang Seng avançou 0,84% em Hong Kong. O japonês Nikkei teve alta de 0,55% em Tóquio. O Taiex ganhou 1,02% em Taiwan. Na China continental, o Xangai Composto avançou 0,52% e o Shenzhen Composto, 0,71%. Na Oceania, S&P/ASX 200 da bolsa australiana subiu 0,06% em Sydney.
Dólar cai, petróleo não acompanha e sobe
O dólar hoje fechou em queda de 0,59%, a R$ 5,5376. Os contratos futuros do petróleo, por sua vez, encerraram em alta após o presidente dos EUA, Donald Trump, dizer que está “menos confiante” sobre a possibilidade de fechar um acordo nuclear com o Irã, em entrevista ao jornal New York Post. Ontem, os preço da commodity caíram, com uma realização de lucros e reagindo ao corte pelo Banco Mundial de suas projeções para as cotações do barril do tipo Brent.
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