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Ibovespa hoje tem maior alta desde maio de 2023 e apenas 2 ações fecham em queda; veja quais

Alta de ações de grandes bancos e alívio na inflação dos EUA contribuíram para os ganhos do índice

Ibovespa hoje tem maior alta desde maio de 2023 e apenas 2 ações fecham em queda; veja quais
O Ibovespa é o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira. Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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  • O Ibovespa hoje fechou em alta de 2,81% aos 122.650,20 pontos, depois de oscilar entre máxima a 122.987,84 pontos e mínima a 119.302,94 pontos
  • As três ações que mais valorizaram no dia foram Hapvida (HAPV3), Vamos (VAMO3) e Yduqs (YDUQ3)
  • As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Marfrig (MRFG3) e Klabin (KLBN11)

O Ibovespa hoje teve um dia de fortes ganhos, amparado por dados de inflação mais amenos nos Estados Unidos. Nesta quarta-feira (15), o principal índice da B3 cravou uma alta de 2,81% aos 122.650,20 pontos, depois de oscilar entre máxima a 122.987,84 pontos e mínima a 119.302,94 pontos. Em dia de vencimento de opções, o giro subiu a R$ 70,3 bilhões, bem acima da média diária de R$ 20 bilhões que costuma ser observada.

Em termos de variação percentual, essa foi a maior valorização do Ibovespa desde 5 de maio de 2023, então em alta de 2,91%. O índice registrou hoje ainda o seu maior nível de encerramento de 2025, fechando no patamar mais alto desde o dia 17 de dezembro de 2024, quando terminou a sessão aos 124.698,04 pontos. Apenas duas ações finalizaram o dia no campo negativo.

O pregão também foi de ganhos para as Bolsas americanas. Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 1,83%, 1,65%, 2,45%, respectivamente. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos avançou 0,4% em dezembro ante novembro, segundo dados com ajustes sazonais publicados pelo Departamento do Trabalho do país. Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperavam alta de 0,3%.

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“Na minha opinião, isso mostra que a economia dos Estados Unidos está voltando ao equilíbrio, o que reduz a pressão sobre o Fed”, destaca Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos. “É uma notícia bem positiva. Traz alívio para o mercado e nossa Bolsa aqui acompanhou esse otimismo”.

João Victor Vieitez, analista da gestora de patrimônio Aware Investments, concorda que o dado do CPI trouxe um respiro para os investidores. “A percepção de que a inflação nos Estados Unidos está arrefecendo, ainda que de forma tímida, reacende as expectativas de cortes na taxa de juros por lá, gerando um otimismo pontual. Com os rendimentos dos Treasuries (títulos públicos americanos) em queda, os juros futuros no Brasil também recuaram, reforçando a possibilidade de uma Selic terminal abaixo de 15%. Esse movimento contribuiu para um ambiente mais favorável, ainda que temporário, refletindo diretamente em um respiro para a Bolsa brasileira”, ressalta.

Por aqui, o otimismo foi ampliado ao final da sessão, com as ações de grandes bancos exibindo fortes ganhos. O destaque ficou para o Itaú (ITUB4), que saltou 4,34%. Os papéis do Bradesco (BBDC3;BBDC4) também se saíram bem: enquanto os ordinários (BBDC3) avançaram 3,51%, os preferenciais (BBDC4) exibiram alta de 3,50%. Já Santander (SANB11), Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11) mostravam altas de 3,53%, 2,52% e 5,75%, respectivamente, no fechamento.

O movimento acompanhou a notícia de que o governo decidiu revogar a Instrução Normativa 2.219/2024, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2025 e estabeleceu novas regras para o envio de informações financeiras à Receita Federal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também afirmou que uma Medida Provisória (MP) para reforçar a gratuidade e o sigilo do Pix deve ser enviada em breve ao Congresso Nacional.

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No mercado doméstico de câmbio, o dólar hoje fechou em queda de 0,35%, cotado a R$ 6,0252, depois de chegar a atingir mínima a R$ 6,0119. Foi o terceiro pregão consecutivo de perdas para a moeda americana em relação ao real, o que leva a divisa a acumular desvalorização de 1,27% na semana e de 2,51% em janeiro. Já o índice DXY, que mede o dólar contra uma cesta de seis moedas fortes, terminou o dia em baixa de 0,17%, aos 109,09 pontos.

As maiores altas do Ibovespa hoje

As três ações que mais valorizaram no dia foram Hapvida (HAPV3), Vamos (VAMO3) e Yduqs (YDUQ3).

Hapvida (HAPV3): 10,45%, R$ 2,43

As ações da Hapvida (HAPV3) registraram a maior alta do Ibovespa hoje, encerrando o pregão em valorização de 10,45% a R$ 2,43. “Os papéis da empresa sobem com a proximidade das audiências sobre a política de preços e reajustes nos preços dos planos”, destaca Cohen, da Escola de Investimentos.

A HAPV3 está em alta de 8,97% no mês. No ano, acumula uma valorização de 8,97%.

Vamos (VAMO3): 9,44%, R$ 4,87

Outro destaque positivo foi a Vamos (VAMO3), que avançou 9,44% a R$ 4,87. Por serem cíclicos, mais sensíveis aos ciclos econômicos, os ativos da empresa foram beneficiados pelo recuo dos juros futuros na sessão.

A VAMO3 está em alta de 2,53% no mês. No ano, acumula uma valorização de 2,53%.

Yduqs (YDUQ3): 8,37%, R$ 9,19

Quem também se saiu bem no dia foi a Yduqs (YDUQ3), que subiu 8,37% a R$ 9,19%, impulsionada pela desaceleração dos juros futuros.

A YDUQ3 está em alta de 7,49% no mês. No ano, acumula uma valorização de 7,49%.

As maiores quedas do Ibovespa hoje

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Marfrig (MRFG3) e Klabin (KLBN11).

Marfrig (MRFG3): -1,76%, R$ 16,22

As ações da Marfrig (MRFG3) registraram a maior queda do Ibovespa hoje, finalizando o pregão em baixa de 1,76% a R$ 16,22. Os papéis estenderam o movimento observado na véspera, quando já haviam caído 2,31%, entre os principais destaques negativos do índice da B3.

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A MRFG3 está em baixa de 4,76% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 4,76%.

Klabin (KLBN11): -0,51%, R$ 21,58

Outro destaque negativo do Ibovespa hoje foi a Klabin (KLBN11), que cedeu 0,51% a R$ 21,58. A queda do dólar atrapalhou a companhia, por ela ser uma exportadora.

A KLBN11 está em baixa de 6,98% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 6,98%.

*Com Estadão Conteúdo