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Ibovespa hoje: possível corte de gastos do governo não evita nova queda do índice

A Bolsa brasileira sofreu novamente no pregão, mesmo com o alívio do dólar, que encerrou em queda de 0,7%

Ibovespa hoje: possível corte de gastos do governo não evita nova queda do índice
Fachada da Bolsa de Valores. (Foto: Divulgação/B3)
  • Após se aproximar de perder a linha de 119 mil pontos pela manhã, o Ibovespa encerrou em queda de 0,31%, aos 119.567,53 pontos
  • As três ações que mais valorizaram no dia foram Raízen (RAIZ4), Pão de Açúcar (PCAR3) e CSN Mineração (CMIN3)
  • As três ações que mais desvalorizaram no dia foram MRV (MRVE3), Vamos (VAMO3) e Petz (PETZ3)

O Ibovespa hoje renovou a cotação mínima de encerramento do ano mais uma vez, sendo que nem mesmo a queda do dólar foi capaz de ajudar o índice no dia. Nesta quinta-feira (13), a principal referência da B3 encerrou a sessão em baixa de 0,31%, aos 119.567,53 pontos. Pela manhã, o índice se aproximou de perder a linha de 119 mil pontos, ao atingir mínima a 119.170,66 pontos, mas depois oscilou próximo à estabilidade.

O pregão foi de alívio para o câmbio após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falar sobre um possível corte de gastos do governo com redução de privilégios e supersalários da máquina pública. Com as declarações, a moeda americana encerrou em queda de 0,7%, cotada a R$ 5,3686, depois de registrar quatro pregões consecutivos de alta nos últimos dias.

Ao lado da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, Haddad fez um discurso afirmando que as equipes econômicas do governo estão concentradas em uma reavaliação “ampla, geral e irrestrita das despesas do País”. O ministro destacou que haverá, a partir de agora, uma intensificação nos trabalhos para que possa haver maior clareza na elaboração do Orçamento de 2025. Leia mais detalhes nesta reportagem do Estadão.

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As falas de Haddad, no entanto, não foram suficientes para evitar o desempenho negativo do Ibovespa. Entre as baixas do índice, estiveram os papéis da B3 (B3SA3), os terceiros mais negociados do dia. “O movimento de queda das ações da empresa reflete uma piora geral quanto à percepção do mercado de capitais brasileiro, frente à saída do capital estrangeiro da Bolsa, perda de volume de negociações e perspectivas de juros altos por mais tempo”, explica Jaqueline Kist, especialista em mercado de capitais e sócia da Matriz Capital.

Em Nova York, S&P 500 avançou 0,23%, aos 5.433,74 pontos, enquanto o Nasdaq subiu 0,34%, aos 17.667,56 pontos, ambos renovando o recorde histórico de fechamento em mais uma sessão. Já o índice Dow Jones encerrou a sessão em baixa de 0,17%, aos 38.647,10 pontos.

Investidores repercutiram a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que recuou 0,2% em maio ante abril, surpreendendo as previsões de analistas consultados pela FactSet, que esperavam alta de 0,1% no período. O indicador ajudou a consolidar a aposta entre investidores de que o Federal Reserve (Fed) entregará dois cortes de juros neste ano, conforme mostra a plataforma de monitoramento do CME Group.

Maiores Altas

As três ações que mais valorizaram no dia foram Raízen (RAIZ4), Pão de Açúcar (PCAR3) e CSN Mineração (CMIN3).

Raízen (RAIZ4): +4,87%, R$ 2,8

As ações da Raízen (RAIZ4) lideraram os ganhos do Ibovespa no dia e fecharam em alta de 4,87% cotadas a R$ 2,8.  Ao Broadcast, o analista João Gabriel Abdouni, da Levante Corp, explicou que o impulso ocorreu por uma “correção, pois as ações estão muito baratas, sendo negociadas entre 6% a 7% o rendimento de dividendo”.

A RAIZ4 está em baixa de 1,75% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 30,17%.

Pão de Açúcar (PCAR3): +3,45%, R$ 3

Entre os destaques positivos da sessão, também figuraram os papéis do Pão de Açúcar (PCAR3), que encerraram em alta de 3,45% cotados a R$ 3. Até o fechamento do pregão, não foram identificadas notícias específicas sobre a varejista, no entanto, os papéis  da companhia foram auxiliados pelo alívio nos juros futuros.

A PCAR3 está em alta de 4,53% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 26,11%.

CSN Mineração (CMIN3): +3,31%, R$ 4,99

Quem também se saiu bem foram as ações da CSN Mineração (CMIN3), que terminaram o dia em valorização de 3,31%, sendo negociadas a R$ 4,99. Os ativos pegaram carona na valorização do minério de ferro. A commodity encerrou a sessão em alta de 0,93%, cotada a US$ 112,82 por tonelada, na Bolsa de Dalian, na China.

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A CMIN3 está em alta de 1,01% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 33,38%.

Maiores Quedas

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram MRV (MRVE3), Vamos (VAMO3) e Petz (PETZ3).

MRV (MRVE3): -4,48%, R$ 6,61

Liderando a ponta negativa do Ibovespa, os papéis da MRV (MRVE3) recuaram 4,48% no pregão e terminaram o dia cotados a R$ 6,61. As ações da construtora devolveram os ganhos conquistados na quarta-feira (12), quando subiram 1,02%, a R$ 6,92, e tiveram a segunda maior alta do Ibovespa.

A MRVE3 está em baixa de 4,48% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 41,14%.

Vamos (VAMO3): -4,43%, R$ 6,9

Na lista de maiores baixas, figuraram também os papéis da Vamos (VAMO3), que fecharam a sessão em queda de 4,43% cotados a R$ 6,9. “O movimento ocorre após corte do preço-alvo do papel pelo JP Morgan, refletindo também um cenário de juros mais altos, com o custo de capital da empresa elevado nas estimativas com uma dívida projetada mais cara”, explica Kist, da Matriz Capital.

A VAMO3 está em baixa de 14,92% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 31,48%.

Petz (PETZ3): -3,43%, R$ 3,38

Quem também figurou no campo vermelho foram as ações da Petz (PETZ3). Os papéis da varejista terminaram o dia em desvalorização de 3,43%, sendo negociados a R$ 3,38. No entanto, nenhuma notícia específica sobre a empresa foi monitorada pelos investidores no pregão.

A PETZ3 está em baixa de 9,87% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 14,43%.

*Com Estadão Conteúdo

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