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- O índice hoje fechou em baixa de 0,5%, aos 122.098,09 pontos, no menor nível do ano
- As três ações que mais valorizaram no dia foram Petrorecôncavo (RECV3), Petrobras (PETR3;PETR4) e Magazine Luiza (MGLU3)
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Pão de Açúcar (PCAR3), Isa Cteep (TRPL4) e Hapvida (HAPV3)
O Ibovespa terminou o último pregão de maio em queda e renovou pela terceira sessão consecutiva a cotação mínima de 2024. Nesta sexta-feira (31), o índice fechou em baixa de 0,5%, aos 122.098,09 pontos, após oscilar entre máxima a 122.837,28 pontos e mínima a 121.928,86 pontos no pregão.
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No acumulado do mês, a desvalorização total foi de 3,04%. Além de ter sido o pior desempenho desde janeiro de 2024, a performance do Ibovespa resultou na maior baixa para maio desde a queda livre de 10,87% em 2018, período marcado pela greve de caminhoneiros.
A principal referência da B3 teve a maior baixa de 2024 até aqui entre 15 das principais Bolsas do mundo, segundo ranking elaborado por Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria. Até o dia 30 de maio, o Ibovespa acumulou uma queda de 14,82%, considerando o retorno em dólares. Na outra ponta, o índice S&P Merval, da Argentina, foi o que registrou o melhor desempenho: alta de 60,10%.
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O destaque desta sexta-feira foi a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que avançou 0,3% em abril na comparação com março. O resultado veio conforme a previsão de analistas consultados pela FactSet. “O PCE, na minha opinião, está bem em linha na direção da meta de inflação americana. E, com isso, as apostas de uma queda de juros ainda neste ano aumentam”, afirma Rodrigo Cohen, analista de investimentos.
Em Nova York, Dow Jones e S&P 500 subiram 1,51% e 0,8%, respectivamente, enquanto Nasdaq recuou 0,1%. A recuperação das ações do setor de tecnologia praticamente zerou as perdas do Nasdaq nos últimos instantes do pregão, enquanto a Salesforce se recompôs do tombo da véspera, terminando a sessão em valorização de 7,54% e ajudando o Dow Jones a sofrer o maior avanço diário de 2024 até agora.
No entanto, nem mesmo o bom desempenho das Bolsas de Nova York e os dados positivos do PCE ajudaram a melhorar o humor do Ibovespa nesta sexta-feira. O índice sentiu o peso dos papéis da Vale (VALE3), que caíram após o minério de ferro encerrar em baixa de 1,7% na Bolsa de Dalian na China.
O recuo da commodity veio na esteira do índice de gerentes de compras (PMI) industrial da China, que passou de 50,4 em abril para 49,5 em maio, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS). O resultado veio abaixo da expectativa dos analistas ouvidos pela FactSet, de estabilidade em 50,4.
Maiores altas
As três ações que mais valorizaram no dia foram Petrorecôncavo (RECV3), Petrobras(PETR3;PETR4) e Magazine Luiza (MGLU3).
Petrorecôncavo (RECV3): 4,17%, R$ 20,74
As ações da Petrorecôncavo (RECV3) lideraram os ganhos do Ibovespa na sessão e terminaram o pregão em valorização de 4,17% a R$ 20,74. O mercado reagiu positivamente ao anúncio da distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) pela empresa.
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O conselho de administração da petroleira aprovou o repasse de proventos no valor bruto de R$ 410 milhões, correspondente a R$ 1,398827 por ação ordinária. Farão jus ao recebimento os acionistas inscritos nos registros da companhia em 5 de junho de 2024, sendo que as ações serão negociadas “ex-juros” a partir do dia seguinte, 6. O pagamento será realizado até o dia 18 do mês que vem.
A RECV3 está em baixa de 4,82% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 4,25%.
Petrobras ON (PETR3): 3,12%, R$ 40,7
Petrobras PN (PETR4): 2,75%, R$ 38,79
Entre os principais destaques positivos do dia, estiveram ainda as ações da Petrobras (PETR3;PETR4). Enquanto os papéis ordinários (PETR3) terminaram a sessão em alta de 3,12% a R$ 40,7, os preferenciais (PETR4) encerraram em valorização de 2,75% a R$ 38,79. Os ativos driblaram a queda dos contratos futuros de petróleo nesta sexta-feira.
A PETR3 está em baixa de 4,26% no mês. No ano, acumula uma valorização de 11,57%.
A PETR4 está em baixa de 3,68% no mês. No ano, acumula uma valorização de 11,69%.
Magazine Luiza (MGLU3): 2,57%, R$ 12,39
Quem também se saiu bem foram os papéis do Magazine Luiza (MGLU3), que fecharam em alta de 2,57% cotados a R$ 12,39. O mercado enxerga com otimismo a aprovação pela Câmara dos Deputados da taxação de 20% sobre as compras internacionais de até US$ 50. A decisão, no entanto, ainda precisa da aprovação do Senado.
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A MGLU3 está em baixa de 8,9% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 42,29%.
Maiores baixas
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Pão de Açúcar (PCAR3), Isa Cteep (TRPL4) e Hapvida (HAPV3).
Pão de Açúcar (PCAR3): -7,72%, R$ 2,87
As ações do Pão de Açúcar (PCAR3) registraram a principal baixa do Ibovespa nesta sexta-feira e encerraram o dia em desvalorização de 7,72% a R$ 2,87. “Os papéis reagiram à retomada da cobertura da varejista pelo Itaú BBA com recomendação neutra com a justificativa de que o valuation atual da companhia não traz respaldo para que haja uma postura mais construtiva”, destaca Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
A PCAR3 está em baixa de 2,05% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 29,31%.
Isa Cteep (TRPL4): -5,17%, R$ 25,13
Os papéis da Isa Cteep (TRPL4) também figuraram entre as principais perdas do Ibovespa nesta sexta-feira, terminando o dia em queda de 5,17% a R$ 25,13. No entanto, nenhuma notícia específica sobre a companhia foi monitorada pelos investidores no dia.
A TRPL4 está em alta de 0,64% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 5,17%.
Hapvida (HAPV3): -3,86%, R$ 3,99
Para completar a lista de maiores baixas, estiveram os papéis da Hapvida (HAPV3), que encerraram o pregão em queda de 3,86% cotados a R$ 3,99. O movimento se deu sem nenhum gatilho específico sobre as ações da empresa.
A HAPV3 está em alta de 8,13% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 10,34%.
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*Com Estadão Conteúdo