O índice recebeu apoio da Petrobras (PETR3;PETR4): os papéis ordinários (PETR3) subiram 0,78% e os preferenciais (PETR4), 0,65%. O dia foi de ganhos para o petróleo, com barril do Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), fechando em alta de 2,19%. O movimento foi impulsionado por temores de redução na oferta após o porto de Novorossiisk, no Mar Negro, interromper as exportações devido a um ataque com drone ucraniano.
Os mercados em Nova York encerraram mistos. O Dow Jones caiu 0,65%, o S&P 500 cedeu 0,05% e o Nasdaq teve ganho de 0,13%. O Departamento de Comércio dos Estados Unidos atualizou seu calendário, divulgando novas datas para os dados que ficaram suspensos durante a paralisação do governo americano.
“Com o fim do shutdown, devemos ver em uma nova leva de indicadores, o que pode ajudar a formar um panorama mais claro. A expectativa segue de uma economia americana ainda resiliente, embora com alguma pressão inflacionária”, afirma Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank.
Falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) também foram monitoradas. O presidente do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, disse acreditar que novos cortes de juros não farão muito para tapar as rachaduras no mercado de trabalho americano, mas que eles podem ter efeitos mais duradouros sobre a inflação.
Já a presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, afirmou que seria difícil apoiar outro corte de juros na reunião do banco central americano de dezembro. “Estamos sem atingir a meta de inflação de 2% há mais de quatro anos agora”, disse a dirigente em conferência em conjunto com a distrital de Kansas City.
No mercado doméstico de câmbio, o dólar hoje encerrou em leve baixa de 0,02% cotado a R$ 5,2973. “O movimento foi impulsionado pela alta do petróleo, que atraiu fluxo comercial ao mercado à vista, e pelo alívio trazido pelo reagendamento dos indicadores americanos atrasados após o shutdown, reduzindo incertezas e melhorando o sentimento global”, diz Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
Para a semana que vem, Christian Iarussi, economista e sócio da The Hill Capital, sinaliza o que deve concentrar as atenções dos investidores. “O comportamento das commodities, as negociações tarifárias entre Brasil e EUA e a evolução da atividade chinesa seguirão no radar, enquanto o real deve continuar reagindo à combinação entre cenário fiscal, trajetória dos juros globais e leitura do mercado sobre a comunicação do Banco Central“, afirma.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram MBRF (MBRF3), Braskem (BRKM5) e Magazine Luiza (MGLU3).
MBRF (MBRF3): 11,98%, R$ 24,4
As ações da MBRF (MBRF3) registraram a maior alta do Ibovespa hoje e dispararam 11,98% a R$ 24,4, registrando ganho semanal de 33,70%. “O papel possui uma das maiores posições vendidas da Bolsa e, diante do resultado positivo do terceiro trimestre, investidores que estavam vendidos foram forçados a recomprar ações”, avalia Iarussi.
A MBRF3 está em alta de 36,54% no mês. No ano, acumula uma valorização de 60,21%.
Braskem (BRKM5): 7,85%, R$ 7,97
Outro destaque foi a Braskem (BRKM5), que saltou 7,85% a R$ 7,97. O último balanço da companhia, divulgado no começo da semana, agradou investidores, com o ativo acumulado valorização semanal de 22,43%.
A BRKM5 está em alta de 17,9% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 31,17%.
Magazine Luiza (MGLU3): 5,85%, R$ 9,59
Ainda entre as maiores altas do dia, estiveram os ativos do Magazine Luiza (MGLU3), que avançaram 5,85% a R$ 9,59.
A MGLU3 está em alta de 13,22% no mês. No ano, acumula uma valorização de 51,98%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Yduqs (YDUQ3), Hapvida (HAPV3) e Cemig (CMIG4).
Yduqs (YDUQ3): -6,94%, R$ 12,6
As ações da Yduqs (YDUQ3) sofreram a pior queda do Ibovespa hoje e amargaram perdas de 6,94% a R$ 12,6, após a empresa reportar lucro líquido de R$ 97,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 35,5% em relação à mesma etapa do ano passado.
A YDUQ3 está em baixa de 11,33% no mês. No ano, acumula uma valorização de 53,28%.
Hapvida (HAPV3): -5,82%, R$ 17,79
Depois de despencarem 42,21% na última sessão, os papéis da Hapvida (HAPV3) voltaram a cair e terminaram o pregão em baixa de 5,82% a R$ 17,79, ainda repercutindo os resultados do terceiro trimestre da empresa.
A HAPV3 está em baixa de 43,13% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 46,82%.
Cemig (CMIG4): -5,31%, R$ 11,24
Outra ação que se saiu mal no Ibovespa hoje foi a Cemig (CMIG4), que cedeu 5,31% a R$ 11,24. A companhia finalizou o terceiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 796,7 milhões, queda de 75,7% em relação ao mesmo período de 2024. Veja aqui análises do mercado sobre o balanço.
A CMIG4 está em baixa de 0,88% no mês. No ano, acumula uma valorização de 12,85%.
*Com Estadão Conteúdo