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Inadimplência nas alturas afeta bancos, fundos e investidores na Bolsa; BB despenca com calotes no agro

Aumento da inadimplência gera impacto direto nas finanças de bancos e fundos, enquanto investidores enfrentam maior risco e volatilidade na Bolsa

Por Murilo Melo

14/08/2025 | 3:00 Atualização: 15/08/2025 | 19:00

Foto: Adobe Stock
Foto: Adobe Stock

Com os juros elevados por mais tempo do que o previsto, a inadimplência voltou a ser um dos principais focos nas análises de risco do mercado financeiro neste ano. O aumento do custo do crédito tem reduzido o espaço de manobra para consumidores e empresas, tanto na cidade quanto no campo, levando à piora dos indicadores de pagamento. Os investidores do Banco do Brasil (BBAS3) que digam, tendo em vista o quanto as ações da companhia estão sofrendo com os calotes nos empréstimos ao agronegócio brasileiro.

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Segundo a Serasa, 77,9 milhões de pessoas estavam inadimplentes em junho, o maior número já registrado no País. No setor empresarial, 7,7 milhões de companhias apresentavam contas em atraso, das quais 7,3 milhões são micro e pequenas empresas (MPEs).

O avanço da inadimplência tem pressionado os preços das ações do setor bancário, ampliado a percepção de risco entre investidores na Bolsa de Valores e gerado desconfiança em ativos de crédito privado, refletida no desempenho dos fundos de investimento com maior exposição a consumo e endividamento corporativo.

O órgão de proteção ao crédito observa que, após o encerramento dos programas Desenrola Brasil e Desenrola Pequenos Negócios em 2024, o volume de inadimplentes voltou a subir rapidamente no País. O primeiro programa, destinado a pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEIs), funcionou entre 2023 e maio de 2024. O segundo, focado em micro e pequenas empresas, teve início em abril e foi encerrado em dezembro do mesmo ano.

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Camila Abdelmalack, economista da Serasa, explica que durante esses períodos houve um aumento nas renegociações por meio da plataforma Limpa Nome, o que ajudou temporariamente na regularização das dívidas. Com o fim dos programas e a manutenção das restrições ao crédito, os registros de inadimplência voltaram a crescer. Hoje, cada CPF negativado possui, em média, quatro dívidas ativas.

“Esse comportamento está ligado a um ciclo repetido entre os endividados: consumidores e empresas renegociam, recuperam acesso ao crédito e, diante de novas necessidades como consumo, capital de giro ou despesas básicas, assumem novos compromissos”, diz.

Mesmo com a renda crescendo acima da inflação e o mercado de trabalho aquecido, o número de inadimplentes segue batendo recordes sucessivos. O movimento, segundo a economista, se espalha tanto entre famílias quanto no setor produtivo, com aumentos no varejo, nos serviços e entre empresas de pequeno porte, justamente o público que havia sido mais beneficiado pelos programas encerrados.

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Especialistas atribuem a intensificação das dificuldades nas condições de pagamento à política do Banco Central (BC) de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, um patamar elevado para controlar a inflação. A taxa média para operações com o comércio subiu de 5,16% ao mês em junho do ano passado para 5,42% em junho deste ano. No crédito rotativo dos cartões, os juros passaram de 14,3% para 15,28% ao mês.

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A situação se agrava para empresas com financiamentos pré-fixados ou atrelados à inflação, que precisam refinanciar dívidas a taxas muito superiores. Entre as famílias, o BC informa que o endividamento, medido pela relação entre dívida e renda acumulada em doze meses, está em 49%.

Mercado sofre com desvalorização e incertezas no setor bancário

A deterioração do crédito no Brasil já pressiona os preços das ações do setor bancário, segundo Jeff Patzlaff, planejador financeiro e especialista em investimentos. O Índice Bovespa (Ibov) tem apresentado rentabilidade inferior ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) no acumulado dos últimos doze meses, com destaque para ações do Banco do Brasil, que recuaram 20,89% no período até o fechamento desta sexta-feira (15).

Esse desempenho, conforme ele, está diretamente relacionado ao aumento da inadimplência no crédito agrícola, segmento no qual a instituição tem forte presença. A avaliação de Patzlaff é de que essa conjuntura abre espaço para oportunidades de compra com múltiplos atrativos no longo prazo, especialmente se os indicadores de calote retornarem aos níveis observados anteriormente.

Para Danilo Coelho, economista e especialista em investimentos, o setor bancário permanece sob observação do mercado. Tirando os bancos que já reportaram fortes elevações na inadimplência e sofreram quedas acentuadas em suas ações, a maior parte das instituições apresenta desempenho lateralizado.

De acordo com Coelho, embora o setor costume registrar lucros crescentes e tenha características estáveis, o aumento das provisões para devedores duvidosos (PDD) pode interferir no ritmo dos resultados trimestrais e isso já estaria sendo precificado nas ações.

Fundos de investimento enfrentam pressões

O agravamento da inadimplência também tem afetado o mercado de fundos de investimento, especialmente os de crédito privado. Segundo Coelho, muitos desses fundos contam com debêntures, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), que possuem garantias estruturadas. Por isso, a maior parte desses fundos não sofre grandes efeitos imediatos. Já os fundos bancários referenciados em Depósitos Interfinanceiros (DI), que funcionam como alternativas aos Certificados de Depósito Bancário (CDBs), podem ter exposição de até 5% ao crédito privado.

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Nesses casos, mesmo uma quebra pontual na carteira pode levar a um mês de rentabilidade negativa, o que costuma gerar reação entre investidores ultraconservadores, que não toleram perdas mensais. Coelho relembra episódios recentes em que fundos como o Trend DI, da XP, e o Privilege DI, do Itaú, apresentaram desempenho negativo pontual e enfrentaram saídas de investidores que preferiram retornar a produtos como o CDB.

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Patzlaff, por outro lado, aponta que o aumento da inadimplência também já se manifesta nos títulos com maior risco de crédito. Debêntures de alto rendimento, conhecidas como high yield, assim como CRIs e CRAs ligados ao varejo e ao setor automotivo, vêm registrando perdas contábeis devido ao rebaixamento de emissões e à marcação a mercado negativa. A maior aversão ao risco tem levado investidores a buscar alternativas mais seguras, como o Tesouro Direto ou fundos referenciados em DI, o que tem prejudicado a capacidade de captação de empresas de médio porte no mercado de capitais.

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Claudio Felisoni, professor da FIA Business School, chama a atenção para os títulos emitidos por bancos com classificação de crédito inferior. Segundo ele, apesar da renda fixa ter se destacado neste ano, é necessário cuidado com o crédito privado e com os fundos de crédito privado de curto prazo. “O ambiente atual tem provocado alto volume de resgates e elevação dos spreads, o que aumenta o risco para esses investimentos”, diz.

Riscos à vista nos balanços dos grandes bancos

Os balanços financeiros do segundo semestre de 2025 devem ter surpresas negativas relacionadas ao risco de crédito dos grandes bancos. Provisões mais elevadas em instituições como Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, conforme Patzlaff, indicam o aumento dos calotes em segmentos como crédito pessoal, financiamento de veículos e crédito para pequenas empresas. O índice de inadimplência da Serasa, de acordo com ele, confirma essa tendência.

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Patzlaff também observa a pressão sobre as margens financeiras dos bancos, causada pela necessidade de maiores provisões e pela redução da concessão de crédito em áreas de maior risco. A performance das carteiras de crédito consignado e imobiliário, que antes mostravam melhor resistência, começa a mostrar sinais de piora.

Há, ainda, uma expectativa negativa em relação aos bancos não só pela inadimplência direta, mas pelo aumento das provisões para perdas. Coelho explica que o impacto recente no agronegócio, intensificado pela imposição das tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que elevam custos logísticos, levando produtores a desistirem de exportações. Esse movimento afeta principalmente bancos com alta exposição ao setor, como o Banco do Brasil, que no primeiro trimestre já apresentou maior inadimplência devido à quebra de empresas como AgroGalax e Petras.

O Safra projeta que o Banco do Brasil terá um lucro líquido de R$ 4,64 bilhões no segundo trimestre deste ano, representando uma queda de 51,1% em relação ao mesmo período de 2024. No trimestre anterior, o banco enfrentou aumento na inadimplência e nas provisões, justamente na carteira do agronegócio.

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Para o segundo semestre deste ano, o crédito deve apresentar desaceleração generalizada, com crescimento da inadimplência em vários segmentos, conforme Felisoni. As micro e pequenas empresas tendem a registrar aumento nas contas em atraso, assim como os bancos e o segmento de cartões de crédito. O agronegócio, diz ele, merece atenção especial, principalmente para instituições financeiras com elevada exposição nesse setor. O mesmo vale para os fundos de crédito privado de curto prazo que investem em ativos de menor qualidade, que podem enfrentar maiores dificuldades.

É por isso que, neste momento de alto endividamento, quando se trata de renda variável, recomenda-se reavaliar as posições em empresas com elevado endividamento ou que possuem menor capacidade de repassar aumentos de custos aos consumidores porque essas companhias, explica Patzlaff, tendem a enfrentar maiores dificuldades caso o crédito continue restrito por mais tempo e a inadimplência permaneça em níveis elevados. “O investidor que busca proteção ou estabilidade deve manter uma carteira equilibrada, priorizando ativos de maior qualidade de crédito, com duration mais curta, e exposição diversificada a setores menos cíclicos e investidas pontuais em ativos de risco sem comprometer o seu perfil de investimento em caso de calote”, diz.

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