O BTG Pactual manteve sua recomendação de compra para as ações do IRB (IRBR3) após participar do Investor Day da companhia, mostra relatório enviado à imprensa nesta quinta-feira (12). Os analistas comentam que a reunião com os executivos reforçou a “postura prospectiva da empresa, destacando o progresso na recuperação e as principais alavancas estratégicas futuras.”
Os analistas do BTG dizem que o CEO da companhia abriu o evento enfatizando a forte equipe técnica do IRB e reiterando suas principais vantagens competitivas: conhecimento do mercado local, autonomia de decisão e capacidade de absorção de riscos. Os especialistas afirmam que, operacionalmente, a resseguradora aprimorou o atendimento de sinistros, aumentou a transparência e mitigou os riscos de contingência.
“Em nossa opinião, o CEO vê o IRB como um caso de investimento, que agora reflete uma queda limitada, apoiada por taxas de juros mais altas, créditos fiscais e uma estrutura mais enxuta”, dizem Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel, que assinam o relatório do BTG.
A equipe do banco comenta que a lucratividade do IRB continua sendo o foco, com os custos de proteção explicitamente incorporados às decisões de precificação. Ou seja, a empresa mantém a responsabilidade de precificar os seus resseguros inserindo os possíveis custos de sinistros da operação. Para os especialistas, essa transformação cultural e operacional reforça o compromisso do IRB com a rentabilidade técnica sustentável.
Eles apontam que a resseguradora reteu prejuízos de R$ 181 milhões em seu balanço patrimonial no primeiro trimestre e a empresa precisa compensar cerca de R$ 300 milhões em prejuízos acumulados. Os analistas dizem que a companhia reduzirá integralmente esses prejuízos contábeis nos próximos trimestres, tornando-a elegível para retomar o pagamento de dividendos até o final do ano. O trio ressalta que os resultados do primeiro trimestre foram impactados por um grande sinistro extraordinário, mas o IRB ainda conseguiu gerar R$ 120 milhões em lucros.
“Isso reforça nossa convicção em uma contínua melhora na lucratividade nos próximos anos. Acreditamos que o segundo trimestre apresentará melhorias e, mesmo se anualizarmos o lucro em caixa do primeiro trimestre, as ações estão sendo negociadas a 5,5 vezes o Preço sobre Lucro (P/L), permanecendo altamente atrativas, com a empresa em clara tendência de alta”, argumentam Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel.
O BTG tem recomendação de compra para o IRB (IRBR3) com preço-alvo de R$ 56, alta de 15,2% na comparação com o fechamento de quarta-feira (11), quando a ação encerrou o pregão a R$ 48,60.