- Por determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o IRB (IRBR3) tem até esta quinta-feira (17) para entregar a lista de acionistas da companhia ao Instituto Ibero-Americano da Empresa (IE)
- De posse do documento, a associação tem o objetivo de encontrar investidores que se sentiram prejudicados pela queda brusca das ações, em função das descobertas de fraudes contábeis na empresa
- Em pouco mais de 16 meses, as ações do IRB saíram do patamar de R$ 40,14, em 31 de janeiro de 2020, para os atuais R$ 6,12, no fechamento da última quarta-feira (16)
Por determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o IRB (IRBR3) tem até esta quinta-feira (17) para entregar a lista de acionistas da companhia ao Instituto Ibero-Americano da Empresa (IE). De posse do documento, a associação tem o objetivo de encontrar investidores que se sentiram prejudicados pela queda brusca das ações, em função das descobertas de fraudes contábeis na empresa no ano passado, segundo o Valor Econômico.
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Após a divulgação, em 2 fevereiro de 2020, de um relatório da gestora Squadra que apontava que os lucros do balanço de 2019 do IRB estavam inflados em R$1,5 bilhão, o ressegurador entrou em uma grave crise de confiança no mercado. Nos meses seguintes, a fraude contábil foi confirmada, resultados tiveram que ser republicados, executivos foram investigados e os papéis desabaram – em pouco mais de 16 meses, saíram do patamar de R$ 40,14, em 31 de janeiro de 2020, para os atuais R$ 6,12, no fechamento da última quarta-feira (16).
Disputa é antiga
O pedido pela lista foi feito pela associação em 9 julho do ano passado, com base no artigo 100 da Lei 6.40, que garante o acesso a tais informações a qualquer pessoa, ‘desde que se destinem a defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal, dos acionistas ou do mercado de valores mobiliários’. Contudo, o IRB justificou o não fornecimento dos dados com a alegação de que o Instituto Ibero-Americano da Empresa teria interesse puramente comercial na Ação Civil Pública (ACP) e estaria buscando ‘dar publicidade à sua busca por oportunidades de negócio’.
No dia 25 de agosto de 2020, a CVM se posicionou a favor do IE, ou seja, de que o IRB deveria entregar as informações à associação. “O legítimo interesse do Instituto Empresa está sendo demonstrado pela existência de acionistas ou ex-acionistas do IRB em seu quadro de associados”, afirmou o Colegiado. “O pedido encontra-se devidamente fundamentado – oportunizar aos acionistas do IRB a integração ou não ao processo de arbitragem contra o emissor, bem como o exercício de outros direitos.”
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