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- O mercado reagiu de forma negativa aos resultados do Magazine Luiza (MGLU3) referentes ao primeiro trimestre deste ano
- Na avaliação de analistas, os investidores devem manter cautela antes de se posicionar na companhia diante das dificuldades do cenário macro
- Porém, as vendas do marketplace cresceram 19% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2022
O mercado reagiu de forma negativa aos resultados do Magazine Luiza (MGLU3) referentes ao primeiro trimestre deste ano. Por volta de 12h30, as ações da varejista afundavam cerca de 15,9%, cotadas a R$ R$ 3,68.
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A aversão ao papel se deve ao prejuízo de R$ 391 milhões nos primeiros três meses do ano. O volume é 142% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Diante da ausência de perspectivas de recuperação para o setor, os analistas recomendam cautela para o investidor antes de se posicionar na companhia.
Segundo Pedro Serra, analista da Ativa Investimentos, as estimativas do mercado para o prejuízo líquido da companhia estavam em torno de R$ 180,7 milhões. “O impacto é explicado pelo DIFAL, a diferença entre a alíquota de ICMS em vendas interestaduais, e também pelo aumento de 34,3% em um ano nas despesas financeiras, impactada pela taxa de juros (que segue a 13,75% ao ano)”, informou Serra.
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Por outro lado, a companhia conseguiu aumentar o seu market share (participação de mercado) no e-commerce. As vendas do marketplace cresceram 19% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2022 e superaram as vendas de lojas físicas pela primeira vez em um trimestre. “A companhia conseguiu crescer mais que do que o mercado. Mas sua margem segue pressionada pelo ambiente competitivo e de alta de juros. Além disso, o resultado veio abaixo da expectativa de mercado”, afirma Mateus Haag, analista da Guide Investimentos.
A perspectiva de uma recuperação ainda segue incerta para as ações da Magazine Luiza. Segundo Danniela Eiger, head de Varejo da XP, a dinâmica do setor segue desafiadora diante do cenário econômico. “Temos uma visão neutra para o papel diante da dinâmica do setor que segue desafiadora e de um cenário de mercado bastante competitivo”, afirma Eiger. “Ainda há uma dinâmica de “queima” de caixa e de prejuízo”, acrescenta.
A Ativa Investimentos também possui recomendação neutra para os papéis da Magazine Luiza. No fim da manhã desta terça-feira (16), as ações afundavam 15,9%, negociadas a R$ 3,6. No entanto, ao olhar para as performances no acumulado de maio e do ano, os papéis apresentam uma valorização de 10,18% e de 34,31%, respectivamente.
Os ganhos têm relação com as perspectivas do mercado para o início do corte da taxa de juros diante da queda da inflação que segue a 4,18% nos últimos 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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