O que este conteúdo fez por você?
- Analistas dizem que a medida pode ser benéfica para a empresa
- Embora o banco estime uma alta de 23% para as ações do Magazine Luiza, a recomendação não é de compra
- Os especialistas afirmam que papel do Magazine Luiza é negociado a múltiplos elevados
O acordo entre o Magazine Luiza (MGLU3) e o AliExpress aparenta ser benéfico para a empresa brasileira, mostra relatório doItaú BBA enviado aos clientes na noite desta segunda-feira (24). Ontem, a companhia anunciou um acordo com o AliExpress para vender produtos da China na plataforma do marketplace da varejista brasileira. O acordo também prevê a venda de produtos do Magalu aqui no Brasil no site da vendedora chinesa.
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“A venda de produtos da varejista asiática no Magazine Luiza complementará as vendas 3P (venda de produtos de terceiros) da empresa da família Trajano com o sortimento em categorias de ticket médio e baixo (que não é o negócio principal da vendedora), aumentando provavelmente a recorrência e o envolvimento do consumidor”, aponta a equipe lidera por Thiago Macruz, que assina o relatório do Itaú BBA.
Eles comentam que a venda de produtos do Magalu na plataforma brasileira AliExpress também impulsionará o alcance do consumidor 1P da varejista brasileira, considerando que ambas as plataformas juntas recebem mais de 700 milhões de visitas mensais. Vale lembrar que o e-commerce trabalha com três níveis de vendas, 1P, 2P e 3P.
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O 1P é conhecido como comércio eletrônico de primeira parte. Nesse caso, o Magalu compra produtos, estoca, determina preços, vende em sua loja virtual e cuida de toda a logística de entrega. Já o 2P é quando a companhia é responsável somente pela venda do produto, mas as demais questões de entrega ficam por responsabilidade do dono do marketplace. No 3P, o varejista é responsável por todo o processo de entrega e venda e o marketplace é apenas um canal para mostrar o produto.
Em coletiva com a imprensa na segunda-feira (24), o presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano, foi questionado pelo E-Investidor sobre a geração de lucros e receitas com a parceria. Trajano disse que não comentaria o assunto. No entanto, ele destacou que a companhia e o AliExpress fecharam uma taxa de remuneração, conhecida como take rate, em caso de venda de produtos por uma das partes.
“Todos os produtos vendidos pelo AliExpress no site Magalu terão um take rate cobrado. E quando vendermos no site da AliExpress, nós também pagaremos um take rate para o AliExpress. Essa taxa foi negociada durante sete meses”, explicou Trajano, que preferiu não informar um número final da taxa de remuneração.
Justamente devido à falta de números mais concretos e pelo fato de a ação estar sendo considerada cara pelos analistas, o Itaú BBA manteve sua classificação de Market Perform para o papel. A avaliação significa que o banco acredita que a ação do Magazine Luiza terá um desempenho dentro da média do mercado, equivalendo a uma recomendação neutra.
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O preço-alvo para o papel é de R$ 15,00 para o fim de 2024, uma potencial alta de 23,3% na comparação com o fechamento de segunda-feira (24), quando a ação encerrou o pregão a R$ 12,16. “Com as ações negociadas a 15 vezes o Preço sobre o Lucro (P/L) em 2025, mantemos nossa classificação de desempenho dentro da média do mercado”, conclui a equipe do Itaú BBA.