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- Após "erros contábeis" no balanço da Magazine Luiza (MGLU3), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo para investigar a companhia.
- Em fato relevante, a Magalu informou que a correção resultou em uma redução no patrimônio líquido da empresa no valor de R$ 830 milhões.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo, na última terça-feira (14), para investigar as inconsistências no balanço do terceiro trimestre da Magazine Luiza (MGLU3). A medida veio após a companhia fundada por Luiza Trajano reportar uma “correção de lançamentos contábeis” que resultou em uma redução no patrimônio líquido da empresa no valor de R$ 830 milhões.
- Saiba mais sobre as incorreções contábeis no balanço de Magalu nesta reportagem.
A empresa informou que utilizará R$ 688,7 milhões em créditos fiscais ou R$ 507,4 milhões líquidos de impostos, para amenizar o impacto no patrimônio líquido.
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Os erros no balanço teriam sido descobertos depois de denúncia anônima, revelada pela empresa em março, e investigada por uma auditoria externa. Nesta semana, Magazine Luiza afirmou que, após as investigações, as denúncias foram consideradas improcedentes. No entanto, reconheceu os “erros contábeis”.
No fato relevante enviado ao mercado, a companhia informou que foram identificadas incorreções em lançamentos contábeis relacionados a bonificações em determinadas transações comerciais, e “decorrentes do fato de certas notas de débito terem sido emitidas pela Companhia e assinadas por fornecedores sem observar com precisão as obrigações de desempenho”.
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A companhia declarou ainda que seu Conselho de Administração determinou que sejam implantadas imediatamente medidas visando o aprimoramento dos mecanismos de controles internos da empresa.
Em nota, a CVM confirmou que o tema está sendo analisado no âmbito do processo CVM 19957.014606/2023-56 e que “não comenta casos específicos”.
Procurada, a Magalu informou que os processos administrativos iniciados pela CVM em 2023 não têm como finalidade primária punir a companhia. “O objetivo inicial é esclarecer os fatos apresentados. Não há, até o momento, qualquer processo sancionador relacionado à empresa”, ressaltou a companhia por meio de nota.