Lucas Almeida, especialista em mercado de capitais e sócio da AVG Capital, comenta ao E-Investidor que o mercado recebeu bem a aprovação do novo marco fiscal. Em contrapartida, nesta sexta-feira (25), dia das falas de Powell, o mercado brasileiro reagiu mal a sinalização de novos aumentos dos jurosamericanos.
Em relação ao IPCA-15, Elcio Cardozo, especialista em mercado de capitais e sócio da Matriz Capital, destaca que os dados surpreenderam o mercado. “Os investidores estão confiantes na continuidade do ciclo de baixa da Selic”, diz o especialista.
O dólare o euro caíram 1,86% e 2,48% frente ao real na semana, atingindo os R$ 4,88 e R$ 5,27, respectivamente. Em Nova York, na semana, Dow Jones caiu 0,45%, enquanto S&P 500 e Nasdaq subiram 0,82%, 2,26%, respectivamente.
Como a maior alta da semana, aparece São Martinho. Andre Fernandes, head de Renda Variável e sócio da A7 Capital, explica que a empresa foi impactada positivamente pela notícia de que a Índia, maior produtora de açúcar do mundo, vai proibir a exportação do produto por conta da falta de chuvas que prejudicou a produção da commodity.
A São Martinho está em alta de 9,05% no mês. No ano, acumula uma valorização de 42,47%.
Alpargatas (ALPA4): 5,67%, R$ 9,87
Alpargatas aparece como a segunda maior alta da semana. “O plano estratégico divulgado pela companhia agradou o mercado e acabou alterando a expectativa de lucro por ação da empresa de R$ 0,52 para R$ 0,61 para 2024, o que animou os investidores que voltaram com fluxo comprador para o papel”, diz Fernandes.
A Alpargatas está em alta de 2,49% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 34,55%.
Raízen (RAIZ4): 5,57%, R$ 3,79
Os papéis RAIZ4 figuram entre a terceira maior alta da semana. Assim como São Martinho, a empresa, que também faz parte do setor açucareiro, foi impulsionada pelo fator Índia.
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“O país vai focar no abastecimento do mercado interno. Isso puxou o setor como um todo no mundo. Apesar de estarmos bem abastecidos com nossa colheita, a notícia acabou tendo impacto positivo nas empresas ligadas ao setor, como Raízen e São Martinho”, afirma Fernandes.
A Raízen está em baixa de 8,89% no mês. No ano, acumula uma valorização de 5,28%.