É possível investir em startups diretamente, seja em um projeto ou por meio de um fundo. Foto: Pixabay
O mercado local deve ter, ao menos nos primeiros negócios, desta segunda-feira (3) um desempenho líquido melhor do que os ativos no exterior, após os resultados do primeiro turno das eleições, avalia o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez. Para ele, a maior surpresa veio da composição do Senado e do desempenho melhor do que o esperado de vários governadores mais alinhados ao governo, do que na corrida presidencial, como Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, que ficou à frente no primeiro turno e vai disputar o segundo turno com Fernando Haddad (PT).
Entre os senadores, ele cita a surpreendente vitória do astronauta Marcos Pontes, do PL – mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição -, quando as pesquisas de intenção de voto mostravam Marcio França (PSB) liderando com folga as intenções de voto. Sérgio Moro (União Brasil) eleito pelo Paraná; Damares Alves (Republicanos), pelo Distrito Federal; e Hamilton Mourão (Republicanos), atual vice-presidente da República, eleito pelo Rio Grande do Sul, reforçam a ideia de um Senado “mais alinhado com uma política fiscalista”.
Sanchez lembra que as pesquisas já apontavam chance maior de haver segundo turno e o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, segue com maior probabilidade de vitória, mas “não são desprezíveis” as chances de Bolsonaro. “Subiram ante o que mostravam os levantamentos”, disse. Com isso, aumenta a probabilidade de nomes não tão heterodoxos para compor a equipe econômica de Lula. “Crescem as chances de anúncio de Meirelles [como ministro]”, afirmou, referindo-se ao ex-presidente do Banco Central no governo Lula e ex-ministro da Fazenda na gestão de Michel Temer. Meirelles é um nome que agrada ao mercado financeiro e já anunciou apoio a Lula.
