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Mercado financeiro hoje: pacote fiscal de Haddad chega ao parlamento em dia de ata do Fed como destaque; confira mais outros 2 assuntos que acendem o alerta do investidor

Cautela no exterior pode conter ânimos nos ativos locais. Veja o panorama das bolsas nesta quarta-feira (27)

Mercado financeiro hoje: pacote fiscal de Haddad chega ao parlamento em dia de ata do Fed como destaque; confira mais outros 2 assuntos que acendem o alerta do investidor
(Foto: Adobe Stock)

A agenda econômica desta quarta-feira (26) traz a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre e o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de outubro – a métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), às vésperas do feriado de Ação de Graças nos EUA. No Brasil, com a iminência do anúncio do pacote de corte de gastos, o mercado financeiro hoje foca em reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e líderes.

Ainda na agenda econômica hoje, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, participam de encerramento do G20 TechSprint 2024 (competição para estimular o desenvolvimento das finanças sustentáveis), além do Fórum Anual Drex. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de outubro também serão monitorados.

O diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti, participa de evento organizado pela instituição. O secretário Guilherme Mello abre cerimônia de 32 anos da Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda.

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No exterior, também serão conhecidos encomendas de bens duráveis e pedidos semana de auxílio-desemprego. Na Alemanha, os economistas-chefes do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, e do BoE, Huw Pill, discursam em conferência à tarde.

Confira os 4 assuntos mais importantes do mercado financeiro hoje

Bolsas internacionais

A Bolsa de Hong Kong e os mercados da China subiram, após queda menor que a esperada do lucro industrial chinês em outubro, num sinal de que os estímulos governamentais recentes começam a ter efeito na economia. Há temores sobre eventual expansão de prometidas tarifas protecionistas pelo presidente eleito americano Donald Trump para as montadoras estrangeiras, além de México, Canadá e China.

As bolsas europeias caem com temor sobre economias locais. A bolsa de Paris perde mais de 1%, refletindo a fraqueza dos papéis do setor financeiro, tecnológico e de luxo. O diferencial entre a taxa projetada no título de 10 anos da França com o do Bund alemão chegou a se ampliar para 90 pontos-base, maior desde 2012 em meio à incerteza sobre o orçamento francês para o próximo ano.

Em Nova York, os índices futuros viraram para baixo e os juros dos Treasuries (títulos da dívida americana) recuam com a chance majoritária de corte de juro do Fed em dezembro no radar antes de uma intensa agenda de indicadores.

Ata do Fed

A ata de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) – órgão equivalente ao Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central brasileiro – foi divulgada na última terça-feira (26), com os detalhes do que foi discutido e decidido na última reunião em relação às taxas de juros.

No começo do mês, o banco central americano decidiu reduzir as taxas de juros do país em 25 pontos-base, para o intervalo entre 4,5% e 4,75% – o segundo ajuste para baixo realizado em 2024. O primeiro, feito no encontro de setembro, representou o primeiro corte nas taxas desde 2020, durante  pandemia da covid-19.

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Muitos dirigentes do Fed avaliaram que a incerteza sobre o nível neutro dos juros torna apropriado que o banco central americano reduza a taxa básica de maneira gradual. De acordo com o documento, os participantes da reunião destacaram que o Fomc precisa equilibrar dois riscos contraditórios: o de cortar juros com muita rapidez e, assim, reverter os progressos no combate à inflação; e o de ser lento demais no processo e impor danos desnecessários à economia.

Commodities

As commodities operam no positivo esta manhã. O minério de ferro fechou em alta de 1,08% em Dalian, cotado a 792 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 109,21. O petróleo avança cerca de 0,20%, refletindo a queda do dólar e notícias da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) – saiba mais aqui.

Seguindo o ritmo das commodities, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) subiam 0,70% no pré-mercado de Nova York, por volta das 08h40 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) mostravam alta de 0,15% no mesmo horário. 

Mercado brasileiro

A cautela internacional pode conter um desempenho positivo do Ibovespa hoje, dólar e juros em meio à expectativa de divulgação do pacote de corte de gastos. O ETF (fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação) brasileiro EWZ subia no pré-mercado em NY.

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que Haddad deve discutir o pacote de gastos com líderes e o presidente da Câmara nesta quarta-feira e que deve conversar também com os líderes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo ele, a definição sobre mudanças no Fundeb no corte de gastos depende dessas conversas.

O senador e líder do governo, Otto Alencar, disse que estão pendentes a reforma tributária, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), mas é possível um “esforço” para aprovar as medidas fiscais ainda este ano. A proposta de mudança na Previdência dos militares é insuficiente, diz o Centro de Liderança Pública (CLP), o que pode refletir no mercado financeiro hoje.

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* Com informações do Broadcast