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Mercado financeiro hoje: sabatina de Galípolo e mais 3 temas para você ficar de olho hoje

Sinais divergentes no exterior podem pressionar o Ibovespa. Veja outros eventos que impactam as Bolsas hoje

Mercado financeiro hoje: sabatina de Galípolo e mais 3 temas para você ficar de olho hoje
Gabriel Galípolo, apontado como futuro presidente do Banco Central. (Foto: Felipe Rau/Estadão)

A agenda econômica desta terça-feira (8) concentra atenções na sabatina de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária e indicado à presidência do Banco Central (BC), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O mercado financeiro hoje também acompanha falas dos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Raphael Bostic, de Atlanta; Susan Collins, de Boston; e o vice-presidente, Philip Jefferson. Além disso, serão divulgados dados da balança comercial dos Estados Unidos.

Ainda na agenda hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, das Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Casa Civil, Rui Costa, e o presidente da Itaipu Binacional, Enio Verri. Enquanto isso, o Tesouro faz leilão de Letra Financeira do Tesouro (LFT, título pós-fixado com rentabilidade atrelada à taxa de juros) e de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B, títulos públicos com rendimento atrelado à inflação).

Confira os 4 destaques do mercado financeiro hoje

Bolsas internacionais

A volta dos mercados na China após o feriado é marcada pela frustração dos investidores com a ausência de medidas adicionais de estímulos de Pequim.

As bolsas europeias caem e os futuros de Nova York sobem. A ação da PepsiCo (PEPB34) caía 0,9% no pré-mercado, após a abrir a temporada de balanços do terceiro trimestre, anunciando lucro de líquido de US$ 2,93 bilhões, um pouco menor do que o ganho de US$ 3,09 bilhões apurado em igual período do ano passado.

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O dólar cede ante moedas principais com incertezas sobre a política monetária nos EUA. A diretora do Fed Adriana Kugler disse que apoiará mais cortes de juros se o progresso na inflação continuar como esperado. O presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, defendeu que é preciso cortar os juros, mas que uma flexibilização antes do tempo pode ter “custos mais altos do que esperar”.

Commodities

O minério de ferro caiu 2,43% em Dalian na volta do feriado chamado de Golden Week, quando a bolsa de Xangai aparou os fortes ganhos intradia no fechamento. O petróleo é pressionado também, após ganhos robustos nas últimas cinco sessões com a tensão geopolítica crescente no Oriente Médio.

Sabatina de Gabriel Galípolo

O atual diretor de política monetária do BC, Gabriel Galípolo, tem um compromisso importante nesta terça-feira (8), às 10h. Ele será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, em um evento transmitido ao vivo neste link.

Essa sessão de perguntas é a primeira etapa do processo para chegar à presidência do BC – no final de agosto, o economista foi indicado pelo governo federal para comandar o órgão a partir de 1 de janeiro 2025, no lugar de Roberto Campos Neto, atual presidente. Após responder os questionamentos, o CAE votará pela aprovação ou não do nome de Galípolo. Depois, a indicação ainda deve ser apreciada pelo plenário. Saiba mais aqui.

Mercado brasileiro

A queda das commodities e os sinais divergentes nas bolsas internacionais podem pressionar o Ibovespa na abertura, com investidores de olho também em notícias corporativas. O principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) do Brasil em Nova York cedia 0,62% no pré-mercado nesta manhã.

Os investidores vão monitorar a sabatina de Galípolo, principalmente no câmbio e mercado de juros, que podem ter oscilações estreitas com a falta de direção única dos rendimentos dos Treasuries (títulos de dívida americanos).

O principal ponto de pressão para o real e de alta dos juros está relacionado ao quadro fiscal no mercado financeiro hoje. Os senadores da oposição devem questioná-lo sobre a independência que terá em relação ao governo federal para conduzir o órgão, mas devem aprovar o seu nome com folga.

* Com informações do Broadcast

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