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Mercado financeiro hoje: juros e mais 3 assuntos que você precisa saber antes da 1º sessão de agosto

A agenda repercute as decisões de política monetária no Brasil e no exterior, enquanto espera balanços

Mercado financeiro hoje: juros e mais 3 assuntos que você precisa saber antes da 1º sessão de agosto
Imagem: Adobe Stock

A agenda econômica desta quinta-feira (1), primeira sessão de agosto, traz a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE), um dia após os desfechos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Banco do Japão (BoJ) e o Banco Central (BC). No mercado financeiro hoje, investidores brasileiros concentram atenções no Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial, Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) e leilão de Letras do Tesouro Nacional (LTN, títulos prefixados) e Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F, título de renda fixa).

Ainda na agenda externa, acontece a divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego e o PMI industrial dos Estados Unidos, na véspera da publicação do relatório de emprego, o payroll. Ocorre ainda a reunião ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

A temporada de balanços segue com os resultados de Amazon (AMZO34), Apple (AAPL34), Intel (ITLC34) e Cielo (CIEL3).

Confira os 4 destaques no mercado financeiro hoje

Decisões de juros

O Fed manteve os juros básicos inalterados pela oitava vez seguida, mas sinalizou que poderá anunciar um primeiro corte das taxas em setembro. O Comitê de Política Monetária (Copom), por sua vez, deixou Selic estável em 10,50% conforme as expectativas do mercado.

Já o BC da Inglaterra poderá anunciar logo mais o primeiro corte de juros desde o começo da pandemia de covid-19.

Bolsas internacionais

Nos mercados de Nova York, o Nasdaq futuro sobe após o balanço da Meta (M1TA34), na quarta-feira (31), agradar os investidores. As ações saltavam 7,14% por volta das 7h.

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As bolsas europeias operam em baixa, pressionandas por ativos financeiros e automotivos. As ações sofrem queda após o balanço trimestral do Société Générale, que tombava há pouco mais de 7% em Paris.

No setor automotivo, os papéis da montadora alemã Volkswagen (VOW3) perdiam 1,45% após decepção com os números trimestrais. As ações da Shell (SHEL) subiam 1,46% em Londres após lucro menor, mas acima do previsto. Os papéis da AB InBev, maior cervejaria do mundo, subiam 0,58% na Bolsa de Bruxelas após anunciar aumento de lucro e receita no 2º trimestre.

Ainda na Europa, o PMI industrial da zona do euro se manteve em 45,8 em julho e ficou acima da prévia. O da Alemanha caiu a 43,2 em julho, mas superou a prévia, enquanto o do Reino Unido subiu a 52,1 e também superou a prévia.

Com exceção do Reino Unido, os demais estão abaixo de 50 e mostram ainda contração da atividade, como é o caso do PMI industrial da China, que recuou para 49,8, indicando contração após nove meses.

Commodities

Há tranquilidade entre as commodities nesta manhã, com petróleo subindo e o minério de ferro fechando em alta de 2,47% em Dalian, na China.

Mercado brasileiro

O dia pode ser de inclinação da curva de juros, precificando alguma chance de aperto monetário nas próximas reuniões.

O dólar, que opera misto no exterior, pode ficar mais volátil, com tendência de alta, enquanto o Ibovespa ecoa balanços e pode ser influenciado ainda pelo tom positivo em NY e alta do petróleo. Entretanto, o EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, caía 0,22% há pouco no pré-mercado, indicando que o pregão pode refletir uma posição mais cautelosa.

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Antes da decisão do Copom, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cobrar a redução da taxa de juros. “Hoje, temos o menor nível de desemprego, a inflação está controlada, só falta a gente reduzir a taxa de juros, que não depende só do governo, mas que a gente vai conseguir também”, declarou, em evento de anúncios de obras em Mato Grosso, que pode movimentar o mercado financeiro hoje.

*Com informações do Broadcast