Na agenda econômica desta sexta-feira (16), destaque para a divulgação de dados do setor de construção dos Estados Unidos e da pesquisa quinzenal da Universidade de Michigan que apura o sentimento e as expectativas de inflação do consumidor americano. No Brasil, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda divulga o Prisma Fiscal, boletim com as previsões do mercado para os principais indicadores fiscais.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) informa o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de maio, que registra a inflação no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do atua.
Entre as commodities, o petróleo opera em leve alta depois de acumularem fortes perdas nas duas últimas sessões. O Brent ganha 0,15%, cotado a US$ 64,62, e o WTI avança 0,10%, a US$ 61,68. O minério de ferro caiu 0,95% na Bolsa de Dalian, na China, cotado a US$ 101 por tonelada para o contrato futuro de setembro de 2025.
No exterior, a Berkshire Hathaway, companhia de Warren Buffet, vendeu toda sua participação na Nu Holdings.
Veja destaques do mercado financeiro hoje:
Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido ajustado de R$ 7,374 bilhões, queda de 20,7% ante igual período de 2024 e 19% abaixo do previsto no Prévias Broadcast. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 16,7%, queda de 4,98 ponto percentual em base anual.
O banco também colocou as projeções de Custo do Crédito, Margem Financeira Bruta e Lucro Líquido Ajustado para o exercício de 2025 em revisão. A decisão se deve ao cenário de “incerteza” e só deve mudar quando o cenário permitir uma avaliação mais consistente “da magnitude dos impactos” a serem incorporados nas projeções.
O Banco do Brasil também anunciou ontem juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 1,9 bilhão, a R$ 0,33 por ação. Os papéis serão negociados “ex-dividendos” a partir de 3 de junho, desse modo, só receberão o pagamento aqueles acionistas que adquiriram suas ações até o dia 2 de junho.
A Cosan reportou prejuízo líquido de R$ 1,788 bilhão no primeiro trimestre de 2025, frente a um resultado negativo de R$ 192 milhões no mesmo período de 2024. A empresa afirma que o prejuízo foi reflexo da menor contribuição dos negócios via equivalência patrimonial. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado sob gestão da empresa foi de R$ 5 bilhões, 30,6% menor do que os R$ 7,2 bilhões vistos um ano antes.
A Cyrela apresentou lucro líquido de R$ 328 milhões no primeiro trimestre, aumento de 23% ante igual período de 2024, em linha com o previsto pelo Prévias Broadcast. A receita líquida totalizou R$ 1,953 bilhão, alta de 24%. O crescimento nos resultados está relacionado à expansão dos lançamentos e das vendas de imóveis da Cyrela nos últimos trimestres, contando com empreendimentos mais rentáveis.
A Eztec fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 94,099 milhões, montante 65,9% no ano contra ano. O Ebitda atingiu R$ 68,758 milhões, alta de 115,1%.
A empresa também aprovou o pagamento de R$ 22,3 milhões em dividendos intercalares, a R$ 0,10 por ação ordinária, com data de “ex” em 23 de maio.
A Marisa registrou lucro líquido de R$ 2,264 milhões no primeiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 148,3 milhões apurado em igual período de 2024. O Ebitda somou R$ 86,4 milhões e reverteu resultado negativo de R$ 29,6 milhões.
A CPFL Energia registrou lucro líquido consolidado de R$ 1,615 bilhão no primeiro trimestre, queda de 8,0% em comparação com igual período do ano passado. O Ebitda consolidado foi de R\$ 3,852 bilhões, diminuição de 0,4%.
A Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, vendeu toda a sua participação na Nu Holdings no início deste ano, além de outras alterações em suas participações no Bank of America, Citigroup e do Capital One Financial.
O conselho de administração da Vale aprovou na quinta-feira (15) a nova composição do Comitê de Auditoria e Riscos para o mandato 2025-2027. Ollie Oliveira permanece como coordenador e especialista Financeiro.
O Méliuz aprovou em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) a alteração do objeto social da companhia para contemplar, além das atividades atualmente exercidas, a possibilidade de realização de investimentos em bitcoin como parte de sua estratégia de negócios.
A Construtora Tenda fará a sua 12ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie com garantia real, com garantia fidejussória (obrigação assumida por terceiro) adicional, em série única, no valor total de R$ 180 milhões.
Além disso, a construtora informou que o somatório de ações detidas pelo conjunto de fundos geridos pela Polo Capital foi reduzido para 30.350.457 ações ordinárias de emissão da companhia, ou 24,76% do total.
Gol (GOLL4)
A Gol anunciou que obteve com êxito compromissos vinculantes para financiamento de saída no valor total de US$ 1,90 bilhão, no contexto do seu procedimento de Chapter 11.
A BlackRock passou a deter, de forma agregada, 45.468.799 ações preferenciais da Azul, o que corresponde a aproximadamente 5,07% do total de ações preferenciais da companhia.
Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)
A Marfrig e a BRF comunicaram a assinatura de um acordo que prevê a incorporação da totalidade das ações da BRF pela Marfrig, em uma operação que poderá consolidar uma das maiores companhias globais do setor de alimentos, com forte atuação em proteínas. Com a transação, a BRF passará a ser uma subsidiária integral da Marfrig, que continuará listada no Novo Mercado da B3 (B3SA3).
A proposta, a ser aprovada em assembleias, prevê que os acionistas da BRF receberão 0,8521 ação ordinária da Marfrig para cada ação da BRF. As companhias estimam sinergias da ordem de R$ 485 milhões por ano. A estratégia da nova companhia resultante da incorporação, batizada de MBRF, deve ser a listagem direta em ações ordinárias na Nyse.
As companhias também divulgaram seus balanços corporativos do primeiro trimestre. A Marfrig registrou lucro líquido de R$ 88 milhões, alta anual de 40,3%. O Ebitda ficou em R$ 3,196 bilhões, alta de 20,8%. BRF lucrou R$ 1,19 bilhão, alta de 99,6%, e teve Ebitda ajustado de R$ 2,75 bilhões, aumento de 30%.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da BRF, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas, chegaram a tombar mais de 12% no after hours da Nyse, simultaneamente ao anúncio da incorporação das ações da BRF, encerraram o pregão estendido com perda de 6,96%.
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