Ibovespa, o principal índice da B3; confira destaques do mercado financeiro hoje. (Foto: Adobe Stock)
Um dia após o governo federal anunciar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), investidores devem ficar atentos no mercado financeiro hoje às blue chips (ações de empresas com grande liquidez na Bolsa de valores), que ontem reagiram negativamente às mudanças.
Sobre a Petrobras, atenção ainda para a notícia de que a estatal encerrou todos os acordos com a Unigel, e à Vale, que anunciou debêntures bilionárias. Destaque também para a Motiva, que continuará operando a MSVia (BR-163), após o primeiro leilão de repactuação rodoviária.
Na agenda, destaque para a participação do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e do diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, Paulo Picchetti, em um evento da Fundação Getulio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro. No exterior, três dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) discursam.
O petróleo, que recuava mais cedo diante da perspectiva de mais oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), há pouco virou o sinal. O Brent subia 0,05%, cotado a US$ 63,97, e o WTI avançava 0,13%, cotado a US$ 61,28 por barril. O minério de ferro caiu 1,24% na Bolsa de Dalian, China, cotado a US$ 99,65 por tonelada para o contrato futuro de setembro de 2025.
A Unigel celebrou acordo com a Petrobras, em audiência no Tribunal Arbitral da Arbitragem CCI, para encerramento de todos os contratos entre as partes, inclusive os de arrendamento das plantas de fertilizantes (FAFENs), na Bahia e em Sergipe. Com isso, será restabelecida a posse dessas unidades pela estatal em data a ser definida, encerrando todas as pendências legais existentes.
A proposta da JBS para dupla listagem nos EUA (B3 e Nyse) enfrenta resistência entre acionistas minoritários, segundo apurou o Broadcast Agro. A assembleia geral que vai analisar a proposta nesta sexta-feira.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) derrubou na quinta-feira (22) a liminar (decisão provisória e urgente) que havia suspendido a venda de quatro usinas hidrelétricas da Cemig, autorizada pelo governo de Romeu Zema sem a realização de referendo popular ou consulta à Assembleia Legislativa.
As usinas foram transferidas à Âmbar, do grupo J&F. Para o desembargador Luiz Carlos de Azevedo Correa Junior, a venda representa um desinvestimento e não caracteriza desestatização, pois não houve perda de controle acionário.
A Motiva (ex-CCR) continuará operando a MSVia (BR-163), após o primeiro leilão de repactuação rodoviária promovido na quinta-feira. Além de inaugurar o modelo, o certame reforça a estratégia de otimização de portfólio da companhia, que tem trabalhado para concentrar esforços em ativos mais rentáveis.
Motiva (MOTV3), a ex-CCR, tem lucro de R$ 539 milhões no 1º tri. Veja o balanço
O CEO da empresa, Miguel Setas, afirmou ontem que a companhia pode participar de leilões rodoviários previstos para o segundo semestre deste ano. Sem fornecer mais detalhes sobre quais estão no radar, o executivo reforçou que a companhia tem analisado os projetos de forma criteriosa para garantir rentabilidade.
Apesar do forte desempenho das ações da Sabesp após a privatização, boas iniciativas de redução de custos e oportunidades de crescimento, o UBS BB rebaixou a recomendação de Sabesp de compra para neutro, mas elevou o preço-alvo de R$ 118 para R$ 136.
“Embora muito já tenha sido feito após a privatização da empresa, ainda vemos potencial para as ações, mas não o suficiente para manter a recomendação de compra”, destacou o banco em relatório.
O Banco Pan informou que Leonardo Ricci Scutti renunciou ao cargo de diretor de Relações com Investidores e será substituído por André Luiz Calabro, que ocupa também o cargo de diretor presidente. Já as atividades até então exercidas por Scutti enquanto head de Finanças passarão para as mãos de Flávio Xavier Ferreira.
As novas regras do Ministério da Educação (MEC) para os cursos a distância, anunciadas esta semana, podem impactar parcialmente os volumes de entrada do segmento, segundo a Cogna (COGN3). As mudanças poderão ainda ter reflexo nas mensalidades, que podem aumentar para absorver o aumento de custos previstos.
A Vale fará a 11ª emissão de debêntures simples (título de dívidas emitido por empresa para uso dos recursos em projetos específicos) incentivadas, não conversíveis em ações, da espécie quirografária (que não desfruta de privilégios ou preferências em relação aos outros), no valor de R$ 6 bilhões. Os recursos serão destinados aos projetos de investimento considerados prioritários.
Blue chips
A Bolsa pode reagir negativamente às mudanças sobre a cobrança de IOF anunciadas ontem após o fechamento do mercado. No after hours da Nyse, os American Depositary Receipts (ADRs) – recibos que permitem que investidores consigam comprar nos Estados Unidos (EUA) ações de empresas não americanas – das blue chips brasileiras mostraram quedas relevantes, com destaque para Itaú, Bradesco, Petrobras e Vale.
A reação negativa do mercado, no entanto, levou a Fazenda a recuar em uma das principais medidas. Pelo decreto do fim da tarde de ontem, as aplicações em fundos de investimento no exterior passariam a ser tributadas com alíquota de 3,5% de IOF. Depois da forte repercussão negativa no mercado, a alíquota do tributo será levada de novo a zero, segundo nota publicada pela pasta na rede social X.
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