

A agenda econômica da semana traz balanços de Banco do Brasil (BBAS3), Vale (VALE3), B3 (B3SA3) e, no exterior, a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ganha destaque. Nesta segunda-feira (17), o mercado financeiro hoje acompanha indicadores econômicos, como o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de fevereiro e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de dezembro, além do boletim Focus.
Ainda na agenda econômica doméstica, saem o Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) e balanço da BB Seguridade (BBSE3) (após fechamento). O Banco Central (BC) dará início à rolagem dos contratos de swap cambial – derivativo financeiro que promove simultaneamente a troca de taxas com o objetivo de proteger o investidor contra variações excessivas – com vencimento em 1/4/2025, num total de US$ 15,6 bilhões e faz um leilão de até 15 mil contratos, o equivalente a US$ 750 milhões. O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, palestra em evento da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), em São Paulo.
Na terça-feira (18), são esperados os balanços de Carrefour (CRFB3), GPA (PCAR3), Iguatemi (IGTI11) e XP. Na quarta-feira (19), tem balanços de Banco do Brasil, Gerdau (GGBR4), balanço da Vale, Assai (ASAI3). Quinta-feira (20), serão divulgados os resultados da B3, Lojas Renner (LREN3), entre outros.
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Na agenda externa, o Fundo Monetário Internacional (FMI) realiza nesta segunda-feira conferência sobre economias emergentes na Arábia Saudita. São esperados discursos do dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e do presidente do BC da Alemanha, Joachim Nagel; do presidente do Fed de Filadélfia, Patrick Harker; da diretora do Fed Michelle Bowman; e do diretor do Fed Christopher Waller.
Na terça-feira, saem o índice de ZEW de expectativas econômicas da Alemanha, índice de atividade Empire State de Nova York e é esperado discurso do presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, além de balanço do HSBC. Na quarta-feira, será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do Reino Unido, a ata do Federal Reserve e o BC da China (PBoC) define juros.
Na quinta-feira, são esperados o Índice de Preços ao Produtor (PPI) da Alemanha e discursos de dirigentes do Fed e BCE, além de balanços de Airbus, Lloyds Banking Group e Walmart. Sexta-feira (21) é dia de Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto da Alemanha, zona do euro, Reino Unido e EUA, além de vendas no varejo da Alemanha.
Mercado financeiro hoje: os principais assuntos do dia
Sem NY, bolsas internacionais aguardam discursos de dirigentes
As bolsas europeias sobem, sem NY e com agenda esvaziada. Os investidores estão à espera da reunião de cúpula emergencial convocada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, sobre a Ucrânia.
A presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, pediu na sexta-feira (14) aos formuladores de políticas que permaneçam cautelosos nos próximos meses, reiterando que uma inflação mais baixa não necessariamente levaria a novas reduções nas taxas de juros. “Mesmo se obtivermos dados melhores – e parece que está chegando perto de 2% – acho que devemos ser cautelosos. Porque se o mercado de trabalho e a economia em geral estiverem fortes, mesmo nesse ambiente, isso não significa necessariamente que haja espaço para reduzir ainda mais os juros”, disse a presidente.
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O dólar se enfraquece ante o iene após o PIB do Japão surpreender positivamente, mas opera perto da estabilidade ante euro e libra, em sessão que tende a ser de liquidez restrita em meio ao feriado nos EUA, que manterá os mercados financeiros do país fechados nesta segunda-feira.
Boletim Focus aponta piora na inflação; veja projeções para Selic
O boletim Focus do Banco Central (BC) trouxe, nesta segunda-feira (17), novas atualizações para expectativas para juros e inflação, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e da taxa Selic.
Em 2025, a mediana do relatório Focus para o IPCA subiu de 5,58% a 5,60%, mantendo-se bem acima do teto da meta (4,50%). Em 2026, passou de 4,30% para 4,35%. Nos horizontes mais longos, foi de 3,90% a 4,00% em 2027, e 3,78% a 3,80% em 2028.
As previsões do boletim Focus para Selic, em 2025, mantiveram-se em 15%, e 12,50% em 2026. Já em 2027, as expectativas ficaram em 10,50%. Em 2028, seguiu em 10%.
Commodities: petróleo estável e minério de ferro recua
O petróleo oscila em torno da estabilidade nesta segunda-feira, com liquidez restrita em meio ao feriado do Dia dos Presidentes nos EUA. Nas últimas três sessões, a commodity acumulou perdas diante da possibilidade de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.
Já o minério de ferro fechou em queda de 0,92%, cotado a 806,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 111,16 nos mercados de Dalian, na China.
Enfraquecimento do governo Lula impacta o mercado brasileiro?
A falta de liquidez com o feriado nos EUA deve afetar também os mercados no Brasil. Os juros futuros mais curtos podem ficar sensíveis ao IBC-Br – índice considerado uma “prévia” do PIB – de dezembro, que deve cair 0,4%, reforçando um cenário de arrefecimento da atividade já mostrado pelo volume de serviços, produção industrial e vendas no varejo no último mês de 2024.
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Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a queda do dólar nos últimos 60 dias “vai fazer com que a inflação se estabilize”. Haddad disse que a reforma da renda deve chegar ao Parlamento talvez antes do carnaval. Mas, na Câmara, ainda falta bom humor para receber a proposta.
No radar do mercado financeiro hoje está o desafio do governo em avançar com sua pauta em meio à crise das emendas, o atraso na aprovação do orçamento e a queda na popularidade do governo. Pesquisa Datafolha mostrou na sexta-feira que a aprovação do governo de Lula caiu de 35% para 24%, o pior nível dos três mandatos. A notícia ajudou o Ibovespa a fechar em alta de 2,70% aos 128.218,59, o maior nível desde o dia 11 de dezembro.
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* Com informações do Broadcast