O mercado financeiro hoje acompanha à ameaça dos Estados Unidos de impor tarifas de importação sobre aço e alumínio que devem impactar empresas brasileiras. Investidores monitoram também balanços das empresas relativos ao quarto trimestre, em especial o do BTG Pactual (BPAC11), que registrou lucro líquido e receitas recordes.
Destaque na Bolsa de Valores também para a Raízen (RAIZ4), que negou haver uma decisão sobre um possível aumento de capital, contrariando temores que pressionaram as ações na sexta-feira (7). Além disso, atenção para a CCR (CCRO3), que assinou um contrato de concessão da Rota Sorocabana.
Na agenda econômica doméstica hoje, investidores aguardam a participação do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no Congresso dos EUA, além da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) na quarta-feira. No Brasil, a TIM (TIMS3) divulga seu balanço do quarto trimestre de 2024 após o fechamento do mercado.
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Nas commodities, o minério de ferro avançou 0,79%, cotado a US$ 113,39 por tonelada em Dalian, para o contrato futuro de maio de 2025. O petróleo também opera em alta, com o tipo Brent subindo 0,84% a US$ 75,50 por barril, e o WTI avançando 0,81% a US$ 71,81 por barril.
Mercado financeiro hoje: os principais destaques do dia
Tarifas de Trump e o impacto no Brasil
Em novo movimento de revisão da política comercial, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que vai anunciar nesta segunda-feira (10) a aplicação de tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. A decisão impactará grandes parceiros comerciais e aliados do país, como o Brasil.
O maior fornecedor de aço para os EUA em 2024 foi o Canadá, seguido por Brasil, México e Coreia do Sul, de acordo com o American Iron and Steel Institute. Já segundo o Instituto Aço Brasil, em 2024 os EUA receberam 60% das exportações brasileiras de produtos siderúrgicos, totalizando 5,8 milhões de toneladas e US$ 4,7 bilhões em valor.
Raízen (RAIZ4) nega aumento de capital após pressão no mercado
A Raízen informou que avalia “continuamente” alternativas para a otimização de sua estrutura de capital, mas negou haver qualquer decisão sobre um potencial aumento de capital, após ser questionada pela B3 e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acerca de notícias divulgadas na imprensa. Na sexta-feira (7), o papel foi impactado negativamente por essa expectativa.
São Martinho (SMTO3)
O Grupo São Martinho reportou lucro líquido de R$ 157,9 milhões no terceiro trimestre do ano-safra 2024/25, uma queda anual de 25%. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado avançou 50,4%, atingindo R$ 1,058 bilhão.
CCR (CCRO3)
A CCR celebrou na sexta-feira (7) o contrato de concessão para exploração da infraestrutura e prestação de serviços públicos na Rota Sorocabana. O lote foi arrematado no leilão de 30 de outubro de 2024, com uma oferta de outorga fixa de R$ 1,601 bilhão.
JHSF (JHSF3)
O Conselho de Administração da JHSF aprovou a renovação do programa de recompra de ações, com vigência até 7 de agosto de 2026, no limite de 28.604.701 ações ordinárias, o que representa 10% do total em circulação no mercado.
Zamp (ZAMP3)
Paulo Sergio de Camargo deixou o cargo de CEO da Zamp e o Conselho de Administração elegeu Gabriel Magalhães da Rocha Guimarães, atual diretor vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores (RI), para assumir a posição interinamente.
BTG Pactual (BPAC11) bate recorde de lucro no 4º trimestre
O BTG Pactual reportou recordes de lucro líquido e receitas. O lucro líquido ajustado somou R$ 3,3 bilhões no período, crescimento de 15% frente ao mesmo intervalo de 2023. Em comparação ao terceiro trimestre, o lucro líquido ajustado ficou praticamente estável. No ano, o lucro líquido ajustado do BTG somou R$ 12,3 bilhões, um crescimento de 18% em relação a 2023.
No braço de investimentos, o BTG encerrou o quarto trimestre com receitas de R$ 509,9 milhões, 34,2% acima do terceiro trimestre de 2023 e 10% acima do mesmo período de 2023. Confira aqui mais notícias do mercado financeiro hoje.