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Mercado hoje: 3 tópicos para nortear seus investimentos no 1º dia de Copom

A falta de ímpeto dos mercados internacionais e a variação das commodities podem limitar o apetite no pregão

Mercado hoje: 3 tópicos para nortear seus investimentos no 1º dia de Copom
Reunião de política monetária do Copom decidirá os rumos da Selic. (Foto: Adobe Stock)

Discursos de seis dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), além de dados do varejo e produção industrial dos Estados Unidos, são destaques da agenda econômica desta terça-feira (18).

No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concede entrevista ao Jornal da CBN às 8 horas. O Comitê de Política Monetária (Copom) realiza o primeiro dia de reunião e decide sobre a Selic na próxima quarta-feira (19).

Bolsas internacionais

O mercado futuro de ações em Nova York apresenta fôlego limitado, com Dow Jones futuro e S&P500 perto da estabilidade antes dos discursos dos dirigentes do Fed e dos dados dos EUA.

As bolsas europeias têm alta modesta em meio a indicadores da região. O índice ZEW de expectativas econômicas na Alemanha avançou de 47,1 em maio para 47,5 em junho, abaixo do previsto (49,2). Já o índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro avançou 0,2% em maio na comparação com abril, em linha com o esperado, representando desaceleração após a alta mensal de 0,6% vista em abril.

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O BBH acredita que o foco desta terça-feira será o dado de vendas no varejo americano, e vê riscos de um resultado melhor que o previsto. O banco de investimentos avalia que os resultados da economia americana justificariam mais paciência do Fed, o que tem mantido o dólar e os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) apoiados.

Enquanto isso, as bolsas asiáticas fecharam na maioria com ganhos, na esteira de recordes dos índices S&P 500 e Nasdaq na segunda-feira (17) em Nova York.

Agenda econômica no Brasil

A falta de ímpeto dos mercados internacionais e a agenda local fraca podem limitar o apetite do investidor. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, mostrava estabilidade perto das 7 horas.

Entre as commodities, o desempenho também é limitado. O minério de ferro fechou em alta de 0,24% na bolsa de Dalian, a US$ 113,08. Os contratos futuros de petróleo operam no negativo, com o Brent caindo 0,16%, a US$ 84,06 por barril, e o WTI recuando 0,16%, a US$ 80,17.

Os receios de piora fiscal podem manter os investidores na defensiva. Na segunda-feira (17), os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, conseguiram limitar perdas nos ativos domésticos ao afirmar que há coesão do governo na pauta fiscal. Mesmo assim, o dólar à vista fechou em alta, a R$ 5,4219 (+0,74%).

Após reunião com o presidente Lula, a equipe econômica avalia conduzir a agenda de revisão de gastos por “dois corredores”: um de curto prazo, para medidas com efeito imediato que não dependam de negociação com o Congresso, e outro para ações um pouco mais estruturantes, de longo prazo, ou que precisem de aval do Legislativo.

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O ministro Haddad afirmou que a equipe econômica aguarda a formalização das propostas a serem apresentadas pelo Senado para compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores e dos municípios, de modo que a Receita Federal possa fazer os cálculos de impacto. O ministro evitou citar quais seriam as alternativas, mas disse que são propostas que já estão em debate.

Agenda do dia

A agenda desta terça-feira traz seis discursos de dirigentes do Federal Reserve: Thomas Barkin, de Richmond (11h00); Susan Collins, de Boston (12h40); a diretora Adriana Kugler (14h00); Lorie Logan, de Dallas (14h00); Alberto Musalem, de Saint Louis (14h20); e Austan Gooosbee, de Chicago (15h00).

Nos Estados Unidos, serão divulgados dados de varejo às 9h30 e de produção industrial às 10h15. O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, discursa em conferência de Integração Financeira Europeia, em Frankfurt, às 10h30. O Banco do Japão (BoJ) publica ata da penúltima reunião de política monetária às 20h50.

No Brasil, o Tesouro faz leilão de Nota do Tesouro Nacional Série B (NTN-B, título público com rendimento atrelado à inflação) e Letra Financeira do Tesouro (LFT, título público com rendimento atrelado à Selic) às 11h00, e ocorre o primeiro dia da reunião do Copom.