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Mercado hoje: 5 assuntos que você precisa saber em dia de ata de Copom

Documento traz detalhes da decisão unânime em manter a taxa Selic em 10,50% ao ano

Mercado hoje: 5 assuntos que você precisa saber em dia de ata de Copom
Painel do Ibovespa (Foto: Werther Santana/Estadão)

O destaque da agenda econômica desta terça-feira (25) fica com a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na semana passada que manteve a taxa Selic em 10,50% ao ano por unanimidade. No exterior, o índice de confiança do consumidor dos Estados Unidos relativo a junho e discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) são os principais pontos que o investidor deve ficar atento no dia.

No Brasil, a agenda econômica prevê ainda a arrecadação federal em maio, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de junho e os dados de confiança da construção e do comércio em junho. O Tesouro realiza leilões de venda de Nota do Tesouro Nacional Série B (NTN-B, título público associado à inflação) e de Letra Financeira do Tesouro (LFT).

O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, participa de webinar (seminário online) e nesta terça-feira começa ainda o 16º Citi Brazil Equity Conference, assim como o Febraban Tech 2024, maior evento de tecnologia e inovação do setor financeiro, que vai até quinta-feira (27) em São Paulo.

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Tem também reunião da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), audiência convocada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux de conciliação para discutir a dívida do Rio Grande do Sul com a União, após as enchentes que atingiram o Estado, e posse do ministro André Mendonça como integrante efetivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Lá fora, o índice de atividade nacional de maio dos EUA e o índice de confiança do consumidor de junho ficam no radar dos investidores, junto com participações em eventos de diretoras do Fed e do dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Alemanha, Joachim Nagel.

Confira os 5 tópicos mais importantes desta terça-feira

1) Ata do Copom

A ata do Copom domina as atenções do mercado nesta terça-feira. A percepção dos membros do colegiado sobre o balanço de riscos estará na mira dos economistas do mercado financeiro, assim como mais detalhes sobre o cenário alternativo para inflação do comunicado e uma possível sinalização de aumento nas estimativas do Banco Central para a taxa neutra de juros, de acordo com o Projeções Broadcast.

Investidores também ficam na expectativa sobre uma manifestação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a ata do Copom. Ele estará reunido com todos os secretários da sua equipe durante a manhã e pode apresentar alguma novidade sobre as fontes de receita para cobrir a desoneração da folha de pagamentos e o déficit fiscal deste ano.

2) Taxa de juros americana

Os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) voltaram a oscilar perto da estabilidade pelo terceiro dia seguido. Como a leitura de maio do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), métrica inflacionária preferida do Fed, sairá na sexta-feira (28), até lá a tendência é de que os títulos públicos americanos operem em uma faixa estreita.

A curva futura, porém, mantém a precificação mais forte de que o Fed abrirá o ciclo de queda nos juros básicos da economia dos EUA em setembro com dois cortes de 25 pontos-base até o fim do ano, conforme sugere a plataforma de monitoramento do CME Group. Enquanto isso, nesta terça-feira, o dólar exibe viés positivo ante outras moedas principais.

3) Bolsas internacionais

Os índices futuros de Nova York operam sem direção única enquanto as bolsas europeias recuam. Os mercado americanos mostram durante esta manhã que podem replicar o pregão de Wall Street de segunda-feira (24), quando as ações da Nvidia (NVDC34) caíram mais de 6% e pressionaram o Nasdaqveja mais aqui.

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Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, com a do Japão favorecida pelo enfraquecimento do iene, enquanto as chinesas estenderam perdas recentes.

4) Minério de ferro e petróleo

Entre as commodities, o minério de ferro fechou estável esta manhã, em Dalian, podendo inibir o desempenho da Vale (VALE3). O petróleo, por sua vez, recua por cautela com a demanda da China e os conflitos geopolíticos, depois de subir 1% na última segunda-feira, o que pode pressionar os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4).

5) Risco fiscal brasileiro

A percepção de risco fiscal tem impedido um alívio consistente nos juros, na taxa de câmbio e no avanço da Bolsa, segundo avaliação de agentes de mercado. Na visão deles, a prometida agenda de revisão de gastos não está sendo colocada em prática, embora o governo tenha anunciado, por exemplo, força-tarefa que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai realizar em até 800 mil perícias presenciais até dezembro.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, do vice-presidente Geraldo Alckmin, defende também que os carros 100% elétricos sejam tributados pelo Imposto Seletivo.