A agenda desta quinta-feira (14) traz o índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos, além dos números de vendas no varejo da economia americana e brasileira. A menos de uma semana das decisões de política monetária dos bancos centrais desses dois países, os indicadores do dia serão olhados com atenção, mas não devem alterar a perspectiva de manutenção dos Fed Funds – como são chamados os juros na maior economia do mundo – na faixa de 5,25% e 5,50% ao ano e corte de 50 pontos-base da Selic, no Brasil, para 10,75% ao ano.
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Também nesta quinta-feira saem pedidos de auxílio-desemprego e é esperado discurso do vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos. Ainda no Brasil, o Ministério da Fazenda divulga o Prisma Fiscal, sistema de coleta de expectativas de mercado da Secretaria de Política Econômica.
Os futuros de Nova York têm leve avanço na manhã desta quinta-feira, assim como a maioria das bolsas europeias, que ampliam ganhos recentes antes de indicadores dos EUA. A Bolsa de Londres, no entanto, está no vermelho.
Os dados do dia podem trazer algum ajuste nas apostas para início de cortes de juros nos EUA, mas não a ponto de alterar a probabilidade maior de que isso ocorra em junho. Autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do BCE dizem que precisam de mais evidências de que a inflação está se movendo de forma sustentável para a meta oficial, que é de 2% nos EUA e na zona do euro.
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A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que é “improvável” que as taxas de juros retornem aos níveis que prevaleciam antes da pandemia.
O petróleo acentuou levemente a alta mais cedo após a Agência Internacional de Energia (AIE) elevar sua projeção para a demanda pela commodity este ano e cortar sua expectativa para a oferta, em relatório mensal.
O que esperar desta quinta-feira no Brasil
O dia pode ser de ganhos no Ibovespa, na esteira das bolsas internacionais e da alta do petróleo. O investidor também olha o balanço da Eletrobras (ELET6) e segue com Petrobras (PETR3; PETR4) no radar. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, disse na quarta-feira (13) que falar em “intervenção” é “querer criar dissidências, especulação e desinformação”.
O Ministério da Fazenda prepara uma contraproposta para a desoneração dos municípios, que deverá limitar o benefício a cidades com até 50 mil habitantes – uma redução em relação ao escopo original do projeto, que beneficia populações de até 156 mil habitantes.
O dólar pode ter oscilações mais contidas, a exemplo do movimento visto ante maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities. O viés de alta dos retornos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) pode imprimir alguma pressão na curva de juros, especialmente os mais longos, enquanto os curtos podem reagir aos dados do varejo, que deve voltar a mostrar crescimento, o que ajudaria num viés de alta.
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A mediana do mercado indica alta de 0,2% para as vendas do varejo restrito em janeiro, na margem, após queda de 1,3% em dezembro, e crescimento de 0,5% para as vendas do varejo ampliado em janeiro, na margem, após queda de 1,1% em dezembro.
Agenda desta quinta-feira
A agenda desta quinta-feira (14) traz a divulgação da inflação ao consumidor (PPI) dos Estados Unidos, vendas no varejo e pedidos de auxílio desemprego, todos às 9h30. Também é esperado discurso do vice-presidente do BCE, Luis de Guindos (15h00).
No Brasil, destaque para a Pesquisa Mensal do Comércio, com números do varejo restrito e ampliado (9h00). E o Ministério da Fazenda divulga o Prisma Fiscal (10h00).
Tesouro faz leilão de LTN e NTN-F(11h00). Acionistas minoritários da Petrobras se reúnem na Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec) para eleger substituto de Marcelo Mesquita no CA da estatal.