A agenda econômica desta semana acompanha as repercussões sobre a tentativa de assassinato, no sábado (13) na Pensilvânia, contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que nesta segunda-feira (15) está participando da Convenção Nacional Republicana – confira detalhes aqui. No Mercado hoje desta segunda-feira (15), investidores ficam de olho na divulgação do relatório de produção e vendas do segundo trimestre da Vale (VALE3) e nas previsões para a economia do boletim Focus.
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Ainda na agenda econômica internacional, as atenções se voltam para eventos com o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, e com a dirigente do Fed de São Francisco Mary Daly nesta segunda-feira.
Também ficam em destaque nesta semana os índices de varejo e indústria e o Livro Bege (relatório sobre as atuais condições econômicas em cada um dos 12 distritos do Federal Reserve) de junho dos EUA, além da inflação ao consumidor na zona do euro e a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (18). Na China, o banco central (PBoC) define juros de 1 e 5 anos, no domingo (21), em meio ao início do Terceiro Plenário do Partido Comunista.
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Empresas como Goldman Sachs (GSGI34), Morgan Stanley (MSBR34), Netflix (NFLX34) e a gigante de semicondutores TSMC de Taiwan (TSMC34) divulgarão seus balanços corporativos.
Nesta segunda-feira, será acompanhado o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), com expectativa mediana do mercado de alta de 0,30% em maio, após +0,01% em abril, segundo o Projeções Broadcast. Nos próximos dias, estão programados o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), na terça-feira (16), e o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) e o Índice de Preços ao Consumidor do município de São Paulo (IPC-Fipe), ambos na quarta-feira (17).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem reunião de articulação política e recebe o presidente da Itália, Sergio Mattarella, nesta segunda-feira. No Senado brasileiro, é esperada a votação do projeto de lei da desoneração da folha de pagamento, que é essencial para sustentar o arcabouço fiscal do governo.
Confira os 3 assuntos mais importantes do dia
Bolsas internacionais
Os índices futuros das bolsas de Nova York mostram ganhos marginais, enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) de longo prazo sobem.
O dólar oscila perto da estabilidade em relação a outras moedas principais, mas avança cerca de 1% frente ao peso mexicano e ao rand sul-africano após o atentado contra Donald Trump. Analistas consideram que esse episódio aumenta as chances de Trump retornar à Casa Branca, o que potencialmente reduz a incerteza sobre o processo eleitoral, mas eleva os riscos fiscais nos Estados Unidos.
As bolsas europeias estão em queda em resposta à produção industrial na zona do euro, que caiu menos do que o esperado em maio ante abril, além das expectativas em torno da decisão de juros do BCE e dos dados de crescimento da China, que ficaram abaixo das previsões.
O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,7% no segundo trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2023, abaixo das estimativas de 5,1%, indicando uma desaceleração em relação ao crescimento de 5,3% registrado no primeiro trimestre.
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A produção industrial da China teve um aumento anual de 5,3% em junho, superando a expectativa de 5%, enquanto as vendas no varejo avançaram 2% em comparação anual em junho, abaixo do consenso da FactSet de um aumento de 3,2%.
Commodities
Os sinais positivos nas bolsas de Nova York e o avanço de 1,03% no preço do minério de ferro em Dalian podem impulsionar o Ibovespa, enquanto o petróleo mostra hesitação.
Mercado brasileiro
A bolsa brasileira teve sua décima alta consecutiva na sexta-feira (12), impulsionada pelo retorno do capital estrangeiro ao Brasil em julho, após a maior fuga de capitais em quatro anos no primeiro semestre. O otimismo pode persistir com a expectativa de duas ofertas de ações bilionárias esta semana, aproximadamente R$ 20 bilhões cada, da Sabesp (SBSP3) e da Eletrobras (ELET3; ELET6).
O EWZ, principal ETF do Brasil negociado em Wall Street, estava operando com alta de 0,48% no pré-mercado. Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Petrobras (PETR3; PETR4) permaneciam estáveis, enquanto os da Vale subiam 0,17% no início da manhã desta segunda-feira.
Por outro lado, os aumentos nos juros dos Treasuries de longo prazo e a valorização do dólar frente às moedas emergentes, especialmente o peso mexicano e o rand sul-africano devido aos efeitos relacionados a Trump, podem influenciar os ajustes no câmbio e na curva de juros futuros, que registraram alta na sexta-feira (12).
No mercado hoje, a recuperação do real e um alívio nos depósitos interbancários (DIs) podem ser limitados pelas preocupações fiscais em curso. Os debates sobre as medidas de compensação pela manutenção da desoneração da folha de pagamentos seguem em foco, assim como o projeto de renegociação da dívida dos Estados e, especialmente, na expectativa pela divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas em 22 de julho.
*Com informações do Broadcast
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