A semana começa nesta segunda-feira (14) com um possível anúncio de aumento de combustíveis pela Petrobras no radar, além da confirmação de estudos pelo Ministério da Fazenda de medidas de apoio ao setor varejista, mas há dúvidas sobre a votação do arcabouço fiscal no plenário da Câmara, por conta do imbróglio da minirreforma ministerial para acomodar o Centrão.
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O Índice Geral de Preços (IGP-10) de agosto e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR) de junho também são esperados nos próximos dias. Lá fora, a ata da reunião de julho do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), as vendas no varejo e produção industrial dos EUA são os destaques, além de novos dados de atividade da China, a inflação ao consumidor (CPI) em julho na zona do euro e decisão do Banco do Povo chinês (PBoC) sobre taxa de juro de referência (LPR).
Sem dados nos EUA hoje, as bolsas na Ásia fecharam em baixa após a incorporadora chinesa Country Garden anunciar que decidiu interromper as negociações de títulos de dívida onshore, após estimar forte prejuízo no primeiro semestre. A imprensa local informou que pelo menos 11 papéis serão suspensos por um período indeterminado.
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Sob pano de fundo de cautela, os índices futuros em Nova York ensaiam sinais positivos e as bolsas europeias operam também em alta leve em meio à agenda esvaziada e com investidores aguardando a ata do Fed e dados de varejo e indústria dos EUA, após o alívio com o CPI americano de julho e algum incômodo com o PPI na sexta-feira, que suscitou apostas de nova pausa em setembro e que o Federal Reserve poderá voltar a elevar os juros em novembro.
No Brasil
Os investidores vão olhar as projeções de inflação no boletim Focus, depois do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) benigno. Na sexta-feira (11), a abertura do IPCA de julho foi positiva, na esteira do comportamento da inflação subjacente e da difusão do índice, fatos que reacenderam as apostas de corte de 75 pontos-base da taxa básica de juros, a Selic, já em setembro (aposta de 40% na curva de juros, contra 60% de 50 pontos, prometidos pelo Banco Central).
O dólar pode manter oscilação entre margens estreitas, após ter subido na sexta lá fora e contra o real, a R$ 4,9041, ampliando alta na semana passada a 0,59% e no mês, de 3,69%. Na Bolsa, as preocupações com o setor imobiliário chinês podem ter impacto, mas ações da Petrobras ficam no foco diante do iminente anúncio de preços de combustíveis pela estatal e empresas de varejo devem ficar na expectativa por adoção de medidas de apoio ao setor, sinalizadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O início do ciclo de cortes na Selic deve aliviar a atividade econômica no País nos próximos meses, apontou Haddad, em coletiva de imprensa na sexta-feira, após lançamento do Novo PAC, no Rio
Agenda
O boletim Focus (8h25) e o IBC-BR de junho (9h) estão previstos nesta segunda-feira. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebe hoje os pesquisadores da FVG Paulo Picchetti, Juliana Carvalho da Cunha Trece e André Furtado Braz (9h). o presidente da Embratur, Marcelo Freixo (14h), e o secretário do Tesouro, Rogério Ceron (17h30).
*Com informação do Broadcast
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