A semana traz uma agenda mais carregada, com dados da arrecadação federal, Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de novembro e sessão extraordinária virtual para julgar a ação que trata da regra de pagamento dos precatórios, além dos números do Governo Central de outubro e votação no Senado do projeto que regulamenta as apostas esportivas.
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Lá fora, destaque para discursos dos presidentes do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense), Jerome Powell, do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey.
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São esperados ainda o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do terceiro trimestre, Livro Bege e Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) americano, vendas no varejo da Alemanha, Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da zona do euro, Índices de Gerentes de Compras (PMIs) de China, Europa e EUA. As atenções também estarão na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
O tom é de cautela nos mercados internacionais com bolsas em queda na Europa e futuros de Nova York em semana pesada de indicadores, em especial PIB, PCE e Livro Bege dos Estados Unidos, que ajudarão a ajustar as apostas para a política monetária do Fed.
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Em outros países a política monetária também está no radar. O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, afirmou em entrevista que a “próxima etapa” na missão para levar a inflação à meta de 2% será dura.
O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kazuo Ueda, afirmou nesta segunda-feira que o banco central não pode ainda dizer com convicção que a meta de 2% de inflação no país será atingida de modo sustentável e estável. “Temos visto alguns sinais positivos nos salários e na inflação. Mas há incerteza elevada sobre se este ciclo se fortalecerá”, disse Ueda, no Parlamento japonês.
- Bolsas da Ásia: incorporadoras da China voltam a sentir pressão
Na China, o lucro de grandes empresas industriais da China subiu 2,7% na comparação anual de outubro, marcando o terceiro mês consecutivo de alta, segundo dados publicados hoje pelo instituto de estatísticas do país (NBS, pela sigla em inglês). Em setembro, porém, o lucro industrial havia mostrado expansão anual mais forte, de 11,9%.
No Brasil
A cautela nas bolsas internacionais e queda do petróleo devem pesar no Ibovespa e os mercados locais olham ainda os números de arrecadação, em meio às preocupações com o cenário fiscal. Também ficam atentos ao julgamento dos precatórios no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem apontado a importância de o processo ser julgado ainda neste mês pela Corte. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, explicou na semana passada que, caso o STF consiga finalizar a análise da ação até o fim de novembro, seria possível quitar ainda neste ano um estoque de precatórios de cerca de R$ 95 bilhões calculado pela pasta – no caso de a Corte seguir o entendimento atual do governo.
A ação no Supremo questiona a constitucionalidade de uma emenda aprovada em 2021 que alterou a sistemática de pagamento dessas dívidas. E lideranças partidárias da Câmara não descartam incluir o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à desoneração da folha de pagamento de 17 setores na pauta da sessão conjunta do Congresso prevista para esta semana.
Agenda
A agenda local traz hoje o Boletim Focus (8h25) e o relatório mensal da dívida pública de outubro (14h30). A Receita Federal divulga os resultados da arrecadação federal de outubro (10h30).
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O STF tem sessão extraordinária virtual para julgar a ação que trata da regra de pagamento dos precatórios, desde a 0h até as 23h59. A Câmara deve definir hoje o calendário da reforma tributária, após concluir a análise das alterações aprovadas pelo Senado.
A semana começa com discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde (11h30) e vendas de moradias novas dos Estados Unidos (12h).