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Mercado hoje: Câmara aprova texto de renegociação de dívidas e Light (LIGT3) tenta evitar recuperação judicial; JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3) buscam captação de recursos

Mobly, Suzano, Prio, Equatorial e Vitru também compõem o noticiário desta quarta-feira (6)

Foto: Light/Divulgação

Em véspera do feriado de Independência no Brasil, a agenda é mais robusta no exterior, com os índices de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços dos Estados Unidos, discursos de duas dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e o Livro Bege. No Brasil, sai o Índice Geral de Preços (IGP-DI) de agosto e o leilão de prefixados do Tesouro, adiantado para esta quarta-feira (6) por causa do feriado.

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Bancos

A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (5), de forma simbólica, o texto-base do projeto de lei que cria o Desenrola, programa de renegociação de dívidas do governo. Com o teto de 100% para os juros do crédito rotativo e do parcelamento de faturas, caso o setor de cartões não encontre uma solução acordada em 90 dias, bancos e instituições financeiras podem reduzir a oferta de crédito, ser mais rigorosos na concessão de recursos, diminuir os limites de gastos e evitar clientes com renda menor e maior risco de inadimplência.

Light (LIGT3)

O conselho de administração da Light aprovou um plano que, caso aprovado pelos credores, pode levar à desistência do processo de recuperação judicial, segundo apurou o Broadcast.

A expectativa é de que um acordo possa ocorrer em 30 dias. Esse desdobramento é um dos reflexos da chegada do investidor Nelson Tanure na Light.

Segundo uma fonte, Tanure teria insistido nesse plano, a despeito de opiniões contrárias, pois quer mostrar iniciativa junto ao Ministério de Minas e Energia e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como parte de uma estratégia visando obter a renovação da concessão da distribuidora.

JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3)

A JBS confirmou a emissão de notas sêniores a serem ofertadas ao mercado internacional, com prazos de 11 e 30 anos, somando US$ 2,5 bilhões. Segundo apurou o Broadcast, que tinha antecipado a emissão, a demanda atingiu US$ 6,7 bilhões. A oferta deve ser concluída em 19 de setembro e os recursos captados serão utilizados para pagamento de dívidas de curto prazo e outros propósitos corporativos. Além disso, deve ser definido o preço dos bonds que serão emitidos pela Minerva, uma captação que pode alcançar R$ 1 bilhão.

Mobly (MBLY3)

A Mobly confirmou que tem mantido conversas com a Tok&Stok para fusão entre as companhias, mas que “não há acordo ou proposta vinculante a respeito da eventual transação”. A possibilidade foi antecipada pelo Broadcast. A empresa ainda esclarece que a home24, controladora da companhia, não tem planos de realizar oferta pública de aquisição (OPA) das ações da empresa.

Suzano (SUZB3)

O conselho de administração da Suzano aprovou a 10ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, no valor de até R$ 2 bilhões.

Prio (PRIO3)

A Prio comunicou que a Goldman Sachs realizou operações que resultaram em uma posição de derivativos de liquidação financeira equivalente a 44.489.766 ações preferenciais, que representam uma participação de 5,01% dessa classe de ações.

Vitru (VTRU)

A empresa de educação Vitru vai migrar da Nasdaq para a B3, em transação inédita no mercado de capitais do Brasil, em razão de uma reorganização societária reversa. Além disso, a Vitru Brasil vai incorporar a Vitru Limited, a empresa listada na Nasdaq, dona de 100% da unidade no Brasil, em um processo de incorporação reversa, com a controlada incorporando a controladora. A Vitru Brasil deve se listar no Novo Mercado da B3.

Energisa (ENGI11) e Equatorial (EQTL3)

A Equatorial e a Energisa afirmaram, em resposta a questionamento da CVM sobre notícias veiculadas na mídia, que não há decisões sobre a possibilidade de parceria com investidores financeiros para investimentos em ativos de transmissão de energia.

Americanas (AMER3)

Após a presidência conceder vistas coletivas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga a fraude contábil da Americanas deve votar o relatório final somente no dia 19. Votos alternativos à posição do relator, Carlos Chiodini (MDC-SC), devem ser apresentados na mesma sessão enquanto deputados criticam que os requerimentos de convocação do trio de acionistas de referência da varejista – Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles – não tenham sido nem mesmo votados.

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