Dados dos estoques dos Estados Unidos, pela manhã, e da inflação chinesa, à noite, ficam no foco nesta sexta-feira (8) no exterior. Na volta do feriado de Independência, o investidor mira a cautela internacional, enquanto avalia a atividade por meio do fluxo em estradas com pedágio, bem como os números da captação da poupança divulgados pelo Banco Central (BC).
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Persistentes preocupações com a desaceleração da economia chinesa e japonesa e, de outro lado, a força do mercado de trabalho americano deixam os investidores divididos nesta sexta-feira. Este quadro tende a dificultar o trabalho dos bancos centrais mundiais, sobretudo do Federal Reserve (Fed, o BC estadunidense), em meio a defesas de novas altas dos juros por lá, dado que a inflação ainda incomoda.
O quadro é de maior cautela nos mercados de ações do ocidente, da Oceania e da Ásia, além de atingir algumas moedas, como a chinesa. Isso porque dados recentes indicaram queda firme nas exportações e importações da China.
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Nesta noite, o país asiático divulgará números de inflação, que podem dar mais indícios sobre o ritmo do arrefecimento econômico. Os investidores também monitoram os sinais de tensões sino-americanas, às vésperas da Cúpula do G20, que acontece no fim de semana na Índia, onde o presidente chinês, Xi Jinping, será ausência notável.
No Japão, o PIB do segundo trimestre reforçou um consumo mais fraco, enquanto na Europa os contratos mais líquido de gás natural saltam quase 9% na Europa após trabalhadores em duas plantas da Chevron na Austrália iniciarem uma greve, o que pode reprimir a oferta da commodity. O petróleo também avança, elevando temores inflacionários.
No Brasil
Na volta do feriado da Independência, os investidores locais terão poucas razões para otimismo. As preocupações com a desaceleração da China tendem a contaminar principalmente o Ibovespa que pode computar queda semanal superior a 1,50%, depois de subir 1,33% na anterior.
O minério de ferro em Dalian caiu 2,07%. Um eventual recuo do Índice Bovespa, contudo, pode ser limitado pela alta do petróleo. Porém, o tema tende a pressionar mais a Petrobras para elevar os preços dos combustíveis.
Em tese, isso seria favorável ao caixa da empresa, mas sabe-se que o assunto normalmente se esbarra em questões políticas, o que tende a gerar desconforto no mercado. No câmbio, as incertezas com a economia chinesa e dos EUA podem pesar, enquanto os juros futuros miram a instabilidade dos Treasuries.
Agenda
Nos EUA, saem os números de estoques no atacado do país relativos a julho (11h). No Brasil, o Banco Central divulga a captação da poupança referente a agosto (15h), e ainda será divulgado o fluxo em estradas com pedágio . À noite, a China informa a inflação ao consumidor e ao produtor de agosto.
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