

O índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI) é o principal driver dos mercados nesta quinta-feira (10), que buscam pistas sobre os próximos passos do ajuste monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) após o payroll misto em julho. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) publica relatório mensal.
No Brasil, o volume de serviços e uma série de balanços devem apontar sinais sobre a atividade interna em meio à participação do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em sessão no Senado para apresentação do Relatório de Inflação (RI) e do Relatório de Estabilidade Financeira (REF).
- Veja também: Mercado hoje: inflação nos EUA, relatório da Opep e ida de Campos Neto ao Senado guiam os investidores
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Balanços
Após o fechamento dos mercados, é a vez de B3 (B3SA3), Rumo (RAIL3), Sabesp (SBSP3), VIA (VIIA3), Arezzo (ARZZ3), C&A (CEAB3), Cyrela (CYRE3), OI (OIBR4), EZtec (EZTC3), Tecnisa (TCSA3), Porto Seguro (PSSA3), Locaweb (LWSA3), Even (EVEN3), Yduqs (YDUQ3), Petz (PETZ3), CPFL (CPFE3), Aeris (AERI3), Equatorial (EQTL3), Light (LIGT3), Energisa (ENGI11) e Eneva (ENEV3) divulgarem resultados do segundo trimestre de 2023.
Petrobras (PETR3; PETR4)
O Citi rebaixou a recomendação da Petrobras de compra para neutro/alto risco e reduziu o preço-alvo do American Depositary Receipt (ADR) em 26%, de US$ 19,00 para US$ 14,00. A visão da nova administração da estatal sobre política de preços, dividendos e investimentos (capex) fez com que o ceticismo aumentasse, segundo os analistas Gabriel Barra, Andrés Cardona e Joaquim Alves Atie.
Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil (BB) encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido ajustado de R$ 8,785 bilhões, alta de 11,7% em relação a igual período do ano passado, sustentando resultados acima dos pares privados diante de uma carteira de crédito mais protegida da inadimplência trazida pela alta dos juros e da inflação a partir do ano passado. O resultado ficou em linha com o Prévias Broadcast.
Os quatro maiores bancos brasileiros de capital aberto tiveram lucro líquido de R$ 24,354 bilhões no segundo trimestre, de acordo com dados compilados pelo Broadcast. O número é 8,7% menor que o do mesmo período do ano passado, em uma variação que mostra que o endividamento das famílias continua alto. No primeiro semestre, o resultado dos quatro caiu 7,3%, para R$ 47,709 bilhões.
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Após mais um trimestre positivo, o BB melhorou as estimativas para o crescimento da carteira de crédito e margem financeira bruta em 2023. Por outro lado, aumentou a previsão de despesas com provisões e reduziu a estimativa de crescimento das receitas com prestação de serviços. Os guidances para lucro líquido ajustado e despesas administrativas foram mantidos.
O Banco do Brasil reportou resultados consistentes por mais um trimestre em praticamente todas as linhas, incluindo a qualidade de crédito, com a inadimplência acima de 90 dias confortável e praticamente estável, em 2,73%, avalia a XP. Com um lucro líquido recorrente de R$ 8,78 bilhões no segundo trimestre de 2023, o Banco do Brasil apresentou o maior ROE entre os incumbentes, atingindo 21,3%, aponta a casa.
O BB também anunciou que distribuirá R$ 410,1 milhões em dividendos, correspondentes a R$ 0,14 por ação, e R$ 1,8 bilhão sob a forma de JCP, a R$ 0,65 por ação, com pagamento em 30 de agosto, com base na posição acionária de 21 de agosto. As ações serão negociadas “ex” a partir do dia seguinte, 22.
Minerva (BEEF3)
A Minerva registrou lucro líquido de R$ 120,7 milhões no segundo trimestre, queda de 71,6% ante R$ 424,7 milhões contabilizados em igual período de 2022. O Ebitda atingiu R$ 711,2 milhões em junho, queda de 8,6% ano contra ano.
A empresa distribuirá R$ 114 milhões em dividendos intercalares, a R$ 0,19 por ON, com pagamento em 23 de agosto próximo para base acionária no dia 14. As ações passarão a ser negociadas “ex” a partir do dia seguinte, 15.
Ultrapar (UGPA3)
A Ultrapar registrou lucro líquido de R$ 238,7 milhões no segundo trimestre de 2023, queda de 48% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado atingiu R$ 964 milhões, recuo de 35%.
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O conselho da Ultrapar aprovou a distribuição de dividendos de R$ 273.797 milhões, correspondentes a R$ 0,25 por ação ordinária. A data de “ex-dividendos” é 18 de agosto.
MRV&Co (MRVE3)
A MRV&Co apresentou lucro líquido consolidado de R$ 181 milhões no segundo trimestre, o triplo na relação com o mesmo período de 2022, quando chegou a R$ 58 milhões, e bem acima do Prévias Broadcast. O resultado foi influenciado por ganhos de R$ 201,3 milhões, oriundos de itens financeiros, sem efeito direto na operação.
Os números foram considerados neutros pela XP, mas encorajadores em termos de recuperação da rentabilidade. A casa destaca o aumento de 14% na receita líquida, para R$ 1,82 bilhão, impulsionada por um desempenho operacional robusto nas operações brasileiras.
Rede D’Or (RDOR3)
A Rede D’Or encerrou o segundo trimestre do ano com lucro líquido consolidado de R$ 435,4 milhões, alta de 21,5% na comparação anual. O número já considera a incorporação da SulAmerica, concluída em dezembro de 2022. O Ebitda consolidado somou R$ 1,615 bilhão, alta de 12,3% na mesma base de comparação.
O conselho da Rede D’Or aprovou a alienação de até 342.100 ON de sua emissão, representativas de 0,014943% do capital social. Atualmente, essas ações são detidas por fundos de investimento, dos quais sociedades que passaram a ser controladas ou coligadas da empresa, por força da incorporação da SulAmerica.
Hapvida (HAPV3)
A Hapvida apurou prejuízo líquido de R$ 161,1 milhões no segundo trimestre, ante perda de R$ 312,3 milhões um ano antes. No critério ajustado, o lucro líquido foi de R$ 221,6 milhões, queda de 8% no ano. Já o Ebitda ajustado ficou em R$ 606,2 milhões, crescimento de 4,1% na comparação anual.
Cogna (COGN3)
A Cogna registrou prejuízo líquido de R$ 47,3 milhões no segundo trimestre, ante prejuízo líquido de R$ 100,9 milhões no mesmo período de 2022. O Ebitda avançou 12,7% em um ano, para R$ 394,2 milhões, com margem de 28,4%, queda anual de 1,9 ponto porcentual. Já o Ebitda recorrente ficou em R$ 425,9 milhões, 20,0% maior do que o mesmo período do ano anterior.
Marisa (AMAR3)
A Marisa apresentou prejuízo líquido de R$ 63,4 milhões no segundo trimestre, resultado 82% pior que um ano antes. A companhia, porém, apresentou uma conta de como teria sido o resultado se o “plano de otimização operacional” (cortes de custos) estivesse implementado desde janeiro de 2023.
Por essa análise, o prejuízo líquido teria sido de R$ 3 milhões, melhora de 91% frente a perda de um ano atrás. O Ebitda, por sua vez, foi negativo em R$ 36,7 milhões e reverteu resultado positivo de R$ 10,9 milhões de 12 meses atrás. Na versão pró-forma, o resultado foi positivo em R$ 23,6 milhões.
GPA (PCAR3)
O GPA, no contexto da segregação de negócios com o Grupo Éxito, comunicou na quarta-feira (9) que foi apresentado para análise do conselho de administração uma proposta de acordo de acionistas. O GPA estabelece que, para qualquer renovação ou substituição de membros do conselho, concorda em votar a favor dos indicados pelo Casino. Para outros assuntos, alinhará seu voto com o do Casino.
Eletrobras (ELET3)
A Eletrobras reduziu seis Sociedades de Propósito Específico (SPEs) de seu portfólio, mantendo participação em outras 68. Os movimentos fazem parte do Plano Estratégico 2023-2027 da Eletrobras, buscando a otimização de custos, simplificação da estrutura societária e racionalização do portfólio de ativos, informou a empresa, em comunicado ao mercado.
EDP Brasil (ENBR3)
A EDP Brasil marcou para 30 de agosto, uma AGE para definir a proposta de resgate compulsório das 22,8 milhões de ações que ainda estão em circulação no mercado. O montante equivale a 5% do capital da companhia.
Embraer (EMBR3)
A Eve, subsidiária da Embraer, anunciou ontem mais uma parceria para o desenvolvimento do eVTOL. A empresa se unirá à DHL para desenvolver a logística da operação do veículo, incluindo a parte de peças e manutenção.
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