Atentos aos desdobramentos da guerra no Oriente Médio, os mercados internacionais também se voltam nesta semana para a temporada de balanços nos Estados Unidos (EUA), como Bank of America (BofA), Morgan Stanley e Netflix, e a uma série de indicadores, como o Produto Interno Bruto (PIB) da China, produção e vendas no varejo da economia chinesa e também estadunidense, além do Livro Bege.
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Aqui, o Congresso vota entre terça (17) e quarta-feira (18) o projeto de lei sobre a taxação de fundos de alta renda (exclusivos e offshore). O Projeto de Lei (PL) tramita em urgência constitucional e passou a trancar a pauta do plenário desde o último dia 13.
A Vale (VALE3) divulga relatório de produção e serão conhecidos os números de volume de serviços e vendas no varejo de agosto.
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Os sinais são mistos no exterior, com petróleo e bolsas sem direção única, com investidores buscando algum fôlego para começar a semana ao mesmo tempo em que aumenta a preocupação com a guerra no Oriente Médio. Israel ameaça entrar na Faixa de Gaza. O Irã alertou que, se isso acontecer, a guerra pode se expandir para outras partes do Oriente Médio se a milícia libanesa Hezbollah se juntar à batalha e isso faria Israel sofrer “um enorme terremoto”.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse no sábado (14) que as “próximas decisões vão garantir que as taxas vão estar em níveis suficientemente restritivos o tempo que for necessário para trazer a inflação de forma sustentável para 2%”. Na China, o PBoC, o BC chinês, deixou seu juro de médio prazo inalterado em 2,5%, sinalizando que suas principais taxas de referência ficarão igualmente intocadas nos próximos dias.
No Brasil
A falta de força no exterior pode limitar o apetite a risco por ativos domésticos, embora o sinal positivo que prevalece no mercado futuro em Nova York possa dar algum ânimo local. O dólar mais fraco ante váriaos pares do real, como peso mexicano, além de queda do Dollar Index (DXY), pode ser indicativo de alívio no câmbio por aqui, o que pode também favorecer os juros futuros, embora as taxas possam ter influência contrária da alta dos rendimentos dos Treasuries num dia de agenda local fraca.
No radar fica a votação do projeto de lei sobre a taxação de fundos de alta renda. A taxação dos fundos faz parte do pacote do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação e, dessa forma, atingir a meta de zerar o déficit das contas públicas no ano que vem. O relatório final deve passar ainda por alguns ajustes técnicos, que não alteram a essência do projeto.
Agenda
No exterior são esperados para esta segunda-feira (16), nos EUA, o índice de atividade Empire State do Federal Reserve (Fed, banco central estadunidense) de Nova York (9h30) e discursos do presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker (11h30 e 17h30). A presidente do BCE, Christine Lagarde, e o dirigente do BCE, Fabio Panetta, participam de encontro do Eurogrupo (11h10).
Na terça-feira, serão divulgados os balanços do Bank of America e Goldman Sachs, além de vendas no varejo e produção industrial dos EUA e da China, e o PIB chinês. Na quarta-feira saem vários balanços, como Morgan Stanley, Netflix, Alcoa e Tesla. Também serão conhecidos os números do CPI do Reino Unido e da zona do euro, além do Livro Bege dos EUA.
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