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Mercado hoje: falas dos presidentes dos BCs do Brasil e da Europa em reunião do FMI ficam no radar

Quatro dirigentes do Fed também participam de eventos e serão monitorados

Mercado hoje: falas dos presidentes dos BCs do Brasil e da Europa em reunião do FMI ficam no radar
(Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

Os mercados devem ficar atentos nesta terça-feira (10) a possíveis sinais de política monetária em falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, nas reuniões do Fundo Monetário Nacional (FMI) e do Banco Mundial.

Os relatórios de Perspectivas Econômicas Globais e de Estabilidade Financeira já publicados pelo FMI repercutem também nos negócios. Nas próximas horas, haverá ainda a participação de quatro dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central estadunidense) em eventos, entre eles o diretor Christopher Waller e o presidente da distrital de Minneapolis, Neel Kashkari, que votam nas decisões de juros. A agenda de indicadores é enxuta e o destaque local é o leilão de NTN-B e de LFT, os primeiros do quarto trimestre.

Os juros dos Treasuries caem fortemente nesta terça-feira, após o feriado do Dia de Colombo nos Estados Unidos, em meio à chance de trégua do Hamas no conflito com Israel e ecoando também as falas menos hawkish do vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, sobre sinais de desaceleração da inflação, que ocorreram simultaneamente ao aumento das incertezas geopolíticas causadas pelo conflito entre o grupo terrorista Hamas e Israel.

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Os futuros das bolsas de Nova York operam em leve alta, com aumento das expectativas de que o Fed poderá deixar seus juros inalterados em novembro.

O FMI afirma que a inflação global caiu para 5,3% no segundo trimestre deste ano, na comparação anual, ante os 11,6% presenciados no segundo trimestre de 2022, porém, permanece acima da meta em quase todas as economias.

O petróleo também tem alívio bem como o dólar recua frente moedas principais e oscila sem direção única e perto da estabilidade frente as emergentes e ligadas a commodities.

Na China e em Hong Kong, as bolsas recuaram, com temores persistentes sobre o ritmo de crescimento da segunda maior economia do mundo, em relação ao conflito entre Israel e o Hamas e na esteira das perdas de mais de 4% da ação da Country Garden, após a incorporadora chinesa alertar que não terá condições de honrar pagamentos de dívida em meio a vendas fracas. Um grupo de investidores que detém mais de US$ 6 bilhões aplicados na China Evergrande alertou para o risco de “colapso incontrolável”.

No Brasil

Os mercados locais devem se ajustar ao ambiente externo positivo em meio a expectativas por comentários dos dirigentes de BCs, como o brasileiro Roberto Campos Neto, em dia de leilão de títulos do Tesouro, no fim da manhã.

A queda dos rendimentos dos Treasuries e do dólar ante divisas principais e emergentes ligadas a commodities nesta manhã pode trazer alívio aos mercados de juros e câmbio. A bolsa tende a se beneficiar dos ganhos dos mercados em NY e na Europa, mas o recuo do petróleo pode limitar e pressionar as ações da Petrobras.

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O FMI fez nova elevação para o desempenho do Brasil neste ano e vê a economia crescendo 3,1% ante 2,1% anteriormente. Com isso, o primeiro ano da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será melhor do que o último do governo de Jair Bolsonaro.

Em 2022, o País cresceu 2,9%. A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) foi a favor da posição do Ministério da Fazenda e afirmou em parecer que os pisos constitucionais de Saúde e Educação não precisam ser aplicados em 2023, apenas a partir do próximo ano.

O tema, que é relatado pelo ministro Augusto Nardes, ainda precisa ser votado no plenário do TCU, mas a expectativa é de que isso aconteça em breve.

Agenda

A presidente do BCE, Christine Lagarde, participa de painel sobre estabilidade na reunião do FMI e  Banco Mundial (9h) e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, faz palestra em fórum de emergentes que ocorre às margens dos encontros do FMI. (13h).

Nos EUA, quatro dirigentes do Fed participam de eventos ao longo do dia: Raphael Bostic, de Atlanta (10h30) , o diretor, Christopher Waller (14h30); Neel Kashkari, de Minneapolis (16h); e Mary Daly, de São Francisco (19h).

Também é esperado um dado de estoques no atacado em agosto nos EUA (11h). Na agenda interna, estão previstas as primeiras prévias de outubro do IPC-S Capitais e IGP-M (8h), a pesquisa industrial mensal de agosto (9h) e o fluxo de estradas pedagiadas em setembro (10h).

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O Tesouro faz leilão de LFT e NTN-B (11h). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de evento  com o arqueólogo britânico David Wengrow (11h) e embarca para Marrakesh à noite.

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