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Mercado hoje: fique de olho no ministro Haddad no BTG Pactual e em discursos do Fed; veja a agenda da semana para o investidor

Futuros de Nova York operam no azul, mas as bolsas europeias recuam

Mercado hoje: fique de olho no ministro Haddad no BTG Pactual e em discursos do Fed; veja a agenda da semana para o investidor
(Foto: Werther Santana/Estadão)

A semana começa com as atenções locais na reunião entre a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e as distribuidoras de energia que atuam no Estado de São Paulo para discutir a queda no fornecimento do serviço nos últimos dias devido às fortes tempestades na sexta-feira (3).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de painel do BTG Pactual e se reúne com o novo presidente da Caixa, Carlos Vieira. Entre os destaques da semana estão a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e balanços da Petrobras (PETR3; PETR4), Eletrobras (ELET3), Bradesco (BBDC3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3).

Lá fora, destaque para os discursos do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense), Jerome Powell (quarta-feira), e da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. Na China, serão a balança comercial e o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). Nesta segunda-feira, a diretora do Fed Lisa Cook participa de evento.

O petróleo sobe mais de 1% nesta manhã, após Arábia Saudita e Rússia confirmarem que irão manter os atuais cortes voluntários em sua oferta da commodity até o fim do ano.

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Os juros dos Treasuries têm leve alta e o dólar se estabiliza ante moedas fortes após caírem na sexta-feira com números mais fracos do relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll, e o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços. Os dados mais fracos reforçam a percepção de que o Fed não subirá mais os juros.

Os futuros de Nova York operam no azul, mas as bolsas europeias recuam após o PMI composto da zona do euro recuar a 46,5 em outubro, o menor nível em 35 meses e seguir abaixo de 50, indicando contração da atividade.

Na Alemanha, o PMI de serviços também caiu e está abaixo de 50, mas ficou acima da prévia. E as encomendas à indústria no país subiram 0,2%, contrariando a previsão de queda de 1,5%.

No Brasil

O sinal positivo dos futuros de Nova York e do petróleo pode ajudar o Ibovespa, mas assim como em Wall Street, o fôlego pode ser contido diante da agenda mais fraca e diante de preocupações com o cenário fiscal.

A mudança da meta fiscal de 2024 é dada como certa no Palácio do Planalto, mas a forma como isso será feito divide o governo. Até agora, a tendência é que a meta fiscal seja alterada para um déficit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) por meio de emenda parlamentar. Mas Haddad ainda tenta convencer o governo a não fazer uma mudança este ano.

Segundo apurou o Broadcast, a avaliação feita pela equipe econômica é de que existe um espaço temporal para perseguir o alvo ao menos até março, quando sai o primeiro Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do próximo ano.

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Os juros futuros podem ter viés de alta com os retornos dos Treasuries, títulos da dívida emitidos pelo governo estadunidense, e o dólar aqui acompanhar o movimento visto ante moedas principais e maioria das emergentes.

Agenda

Nesta segunda-feira (6), tem o relatório Focus (8h25), nota do setor externo (8h30) e PMI composto (10h00). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de painel no MacroDay, do BTG (9h15) e se reúne com o novo presidente da Caixa, Carlos Vieira (14h). No exterior, a diretora do Fed Lisa Cook participa de evento (12h).

A ata do Copom, que sai amanhã (7), é um dos destaques da agenda local na semana, que tem ainda vendas no varejo, setor público consolidado e uma bateria de balanços, como os da Eletrobras (ELET3), Braskem (BRKM5), Banco do Brasil (BBAS3), na quarta (8); Bradesco (BBDC3), Cemig (CMIG3), B3 (B3S3), Sabesp (SBSP3) e Petrobras (PETR3; PETR4) divulgam seus balanços na quinta (9).

A agenda internacional traz como destaques na semana os discursos do presidente do Fed, Jerome Powell, na quarta-feira, e de vários outros dirigentes da instituição. A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, se pronuncia na quinta.