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Mercado hoje: dados da inflação do trimestre, falas do presidente do BC e decisão do Conselho Monetário Nacional elevam as expectativas hoje

Nos EUA, Jerome Powell, do Fed, disse que os juros americanos poderão subir até mais duas vezes em 2023

Mercado hoje: dados da inflação do trimestre, falas do presidente do BC e decisão do Conselho Monetário Nacional elevam as expectativas hoje
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central desde 2019. (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

Divulgações internas de peso concentram as atenções dos investidores nesta quinta-feira (29): Relatório Trimestral de Inflação (RTI) – seguida de entrevista do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e do diretor Diogo Guillen -, decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre a meta de inflação, IGP-M e resultado do Governo Central, ambos de maio. Nos Estados Unidos, o destaque é a leitura final do PIB do primeiro trimestre.

Os mercados buscam avançar, em meio ao noticiário corporativo, apesar de novos sinais de alta de juros. De todo modo, os sinais nas bolsas são moderados e divergentes, com os investidores se dividindo entre o reforço do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, de que os juros americanos poderão subir até mais duas vezes em 2023 e a expectativa da divulgação do PIB americano do primeiro trimestre. O petróleo também segue pressionado pela perspectiva de mais aperto monetário.

Hoje cedo (29), Powell disse que a inflação medida pelo núcleo da inflação do consumo (sigla em inglês, PCE) provavelmente subiu 3,9% em maio na comparação anual e o núcleo do indicador, 4,7% no mesmo período. Além do presidente do Fed, outros líderes de grandes bancos centrais reforçaram a mensagem de que continuarão elevando juros para combater a inflação. Isso influenciou as bolsas asiáticas, que fecharam sem uma única direção motivada também por fabricantes de chips, após a americana Micron Technology divulgar resultados trimestrais melhores do que o esperado e projeções animadoras.

No Brasil

A agenda pesada internamente será decisiva para definir um norte aos ativos domésticos. Por ora, o viés positivo dos índices futuros de Nova York e a valorização do minério de ferro em Dalian podem estimular alta do Ibovespa, após ceder três sessões seguidas. Ao mesmo tempo, fica a expectativa positiva em relação à reforma tributária. Além disso, pode gerar alívio nos mercados a manutenção da meta pelo CMN em 3,00%, a ser definida no início da noite. Segundo o ministro Fernando Haddad, a meta será mantida e afirmou que apenas o horizonte contínuo é que está em debate.

Agenda

A FGV informa o IGP-M de junho (8h) e o BC divulga o RTI. Após a divulgação do RTI, haverá
entrevista com o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen.

Em seguida (9h), saem o resultado primário do Governo Central (mediana: -R$ 45,640 bi) do quinto mês do ano e o Caged de maio (mediana: geração de 188.682).

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Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participam do CMN (15h). A previsão de divulgação dos votos é às 18h.

*Com informação do Broadcast