O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em agosto é o destaque desta quarta-feira (13). No Brasil, a Comissão Especial da Câmara deve aprovar uma proposta de emenda constitucional que concede a maior anistia já vista para partidos e políticos que cometeram irregularidades eleitorais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de evento online da revista Exame à noite.
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A expectativa de aceleração de inflação nos EUA mantém os mercados internacionais cautelosos nesta manhã, com bolsas em baixa em Nova York , nos índices futuros, e na Europa, em meio ainda a dados mais fracos das economias da região.
O CPI deve subir 0,6% em agosto ante julho e 3,6% na comparação anual, de acordo com o Projeções Broadcast, de 0,2% e 3,2% vistos em julho. O CME Group apontava no início da manhã de hoje 93,0% de chance de manutenção dos juros americanos na faixa de 5,25% a 5,50% no próximo dia 20.
Na zona do euro, a produção industrial diminuiu 1,1% em julho ante junho, abaixo da expectativa de analistas, que previam queda de 0,7%. Já no Reino Unido, a produção industrial caiu 0,7% em julho ante junho, um pouco pior do que o esperado por analistas, de -0,6%.
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A libra renovou mínimas logo após o dado. Mas a Capital Economics avalia que continua sendo provável que o Banco da Inglaterra (BoE) eleve seus juros de novo na reunião da próxima semana, apesar de sinais de fraqueza na economia do Reino Unido, diz a Capital Economics. O Produto Interno Bruto (PIB) britânico encolheu 0,5% em julho ante junho, mais do que o esperado.
No Brasil
A falta de tração no exterior tende a pesar nos ativos locais antes do CPI americano em dia de agenda esvaziada. O viés é de alta do dólar e retorno dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano), enquanto as bolsas têm sinal negativo. Aqui, os juros futuros podem ficar mais perto da estabilidade, mas também com alguma abertura da curva com a esperada aceleração da inflação dos EUA e o cenário fiscal doméstico.
No radar fica a notícia de que, para conseguir ajudar Estados e municípios com dificuldades de caixa agora sem comprometer a arrecadação previdenciária, o governo concordou em antecipar para este ano os repasses de compensação do acordo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que seriam feitos por meio de encontro de contas ou transferência direta em 2024.
De acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast, o acordo de compensação ficará pausado no próximo ano, e voltará ao fluxo normal em 2025. O montante que seria compensado em 2024 seria de R$ 9,4 bilhões, segundo o acordo homologado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Agenda
A agenda desta quarta-feira traz a divulgação do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI), às 9h30. O Departamento de Energia divulga os estoques semanais de petróleo nos EUA (11h30).
No Brasil, destaque para a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad , em evento online da revista Exame (21h00).
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