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Mercado hoje: reunião de Lula e Haddad com bancadas por pauta econômica e balanços são os destaques desta terça-feira

Confira a agenda do dia e no que o investidor precisa ficar atento nesta terça-feira (31)

Mercado hoje: reunião de Lula e Haddad com bancadas por pauta econômica e balanços são os destaques desta terça-feira
Operador em frente a painel da Bolsa de Valores (Foto: Shutterstock)

A agenda econômica nesta última sessão de outubro traz a taxa de desemprego do terceiro trimestre no Brasil, junto com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e o índice de confiança do consumidor do Conference Board nos Estados Unidos. Também serão publicados balanços corporativos, incluindo Caterpillar, Carrefour Brasil (CRFB3), Cielo (CIEL3) e Telefônica Brasil (VIVT3).

Começa nesta terça-feira (31) a primeira parte do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam de reunião do Conselho Político da Coalizão, com líderes de bancadas na Câmara e presidentes dos partidos para debater a pauta econômica.

Um apetite moderado por ativos de risco impulsiona as bolsas europeias em meio a uma série de balanços de grandes empresas da região, incluindo AB InBev e Casino, e de dados mistos do Produto Interno Bruto (PIB) e de inflação (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro, além das vendas no varejo na Alemanha, que frustraram as expectativas, e um fraco PIB da França, embora acima do esperado.

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Em Nova York, os mercados futuros ensaiam uma recuperação de perdas leves registradas mais cedo, enquanto os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) e o dólar ante outras moedas rivais recuam. Os investidores estão na expectativa pela decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e a divulgação de plano trimestral de financiamento do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, ambos nesta quarta-feira (1º).

O mercado espera que o Fed deixe inalterados os juros nos níveis atuais, de 5,25% a 5,50% ao ano, apesar dos dados econômicos fortes no país. As bolsas chinesas recuaram diante de uma inesperada contração no setor de manufatura no país, mas a de Tóquio avançou.

O iene é pressionado ante o dólar, à medida que o Banco do Japão (BoJ) manteve a postura monetária ultra-acomodatícia, mas alterou sua linguagem sobre os bônus do governo japonês (JGB) de dez anos, permitindo, na prática, que o juro do papel ultrapasse um “ponto de referência” de 1%.

No Brasil

O recuo dos juros dos Treasuries e do dólar em relação aos pares rivais e algumas moedas emergentes e ligadas a commodities pode trazer algum alívio aos mercados de juros futuros e de câmbio. Porém, o dólar poderá ficar mais volátil durante a manhã em meio à fraqueza do setor de manufatura chinesa e a disputa técnica em torno do fechamento da taxa Ptax do fim de mês.

O Ibovespa pode ter ajuste positivo moderado, à medida que o principal índice de ações brasileiro em NY, o EWZ, apontava alta de 0,14% no pré-mercado às 7h20. Ligeira valorização do petróleo em meio a tensões ligadas ao Oriente Médio pode ajudar ainda o Ibovespa e as ações da Petrobras (PETR3; PETR4).

Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou o compromisso fiscal do governo, mas não a meta de déficit zero para 2024. Com isso, cresce a percepção de que o governo poderá acelerar a alteração da meta. O relator do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), diz que não há vantagem em trabalhar o parecer em relação às despesas condicionadas incluídas no PLOA, enviado pelo governo, com base em números “em que não se pode crer”.

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, em nota divulgada ontem à noite, que o Congresso “buscará contribuir com as aprovações necessárias” para ajudar o governo Lula a cumprir a meta fiscal. Diante de sinais do Congresso Nacional de que a reforma tributária poderá ser concluída apenas em 2024, o secretário extraordinário do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou ao Estadão que isso seria uma “sinalização ruim”.

Agenda

A Pnad Contínua de setembro, incluindo a taxa trimestral de desemprego no País, é o principal indicador local (9h). A mediana indica queda da taxa de desemprego a 7,7% no terceiro trimestre, de 7,8% no trimestre encerrado em agosto, segundo o Projeções Broadcast.

O Tesouro realiza leilões de venda de NTN-B e de LFT (11h). O presidente Lula participa de reunião do Conselho Político da Coalizão (10h). Em uma nova rodada de discussões da reforma tributária, o relator da matéria, senador Eduardo Braga (MDB), vai receber em Brasília nesta terça-feira o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Entre os balanços esperados estão os de Carrefour Brasil, Cielo e Telefônica Brasil (Vivo), após o fechamento dos mercados. Nos Estados Unidos, estão programados o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de outubro (10h45) e o índice de confiança do consumidor (11h) . A Caterpillar publica balanço antes da abertura dos mercados em Nova York.