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A agenda econômica desta sexta-feira (5) contempla o relatório de empregos dos Estados Unidos de junho, o payroll, assim como o discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, em evento na França, onde acontece o segundo turno das eleições parlamentares neste domingo (7).
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No cenário doméstico, as atenções se voltam para a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em eventos em Osasco e Diadema, após a trégua no câmbio e juros nos últimos dois dias, em meio ao silêncio em crítica ao Banco Central (BC) e ao anúncio do corte de quase R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias em 2025.
Ainda no Brasil, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) divulga o balanço de fundos de investimento do primeiro semestre, e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, participa de entrega de máquinas agrícolas em Porto Alegre.
As bolsas europeias sobem nesta manhã, assim como o euro e a libra, após o Partido Trabalhista do Reino Unido confirmar o favoritismo e garantir vitória histórica nas eleições gerais britânicas, tirando os conservadores do poder após 14 anos de governos consecutivos.
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O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, será o próximo primeiro-ministro britânico, em substituição a Rishi Sunak. Após a vitória, Starmer disse que terá como prioridade “renovar as ideias que mantêm o país unido” e deve visitar o Rei Charles III ainda nesta sexta-feira, para obter a permissão para a formação do governo.
No entanto, os ganhos das moedas europeias são limitados à medida que a supermaioria dos Trabalhistas despertaria receios de que a ala esquerda do Partido Trabalhista pudesse ser reforçada.
Indicadores da região também seguem no radar. As vendas no varejo da zona do euro subiram 0,1% em maio ante abril, menos que o esperado, mas tiveram aumento de 0,3% em maio na comparação anual acima do consenso da FactSet, que era de queda de 0,1%, e os dados de abril foram revisados para cima. Na Alemanha, a produção industrial caiu 2,5% em maio ante abril, frustrando expectativas de alta de 0,2%.
Na volta do feriado nos EUA, os índices futuros de ações em Nova York sobem, enquanto os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) e o dólar recuam – confira mais aqui.
As atenções desta sexta-feira se voltam para o payroll após o declínio do Índice de Gerentes de Compras (PMI) de Serviços americano medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) e da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) apontar o mercado de trabalho como decisivo para os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
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A mediana do mercado para a criação de empregos nos EUA é de 200 mil postos de trabalho em junho, após as 272 mil vagas geradas em maio, segundo pesquisa do Projeções Broadcast. Uma eventual leitura mais forte dos dados pode mudar o rumo dos mercados e dar impulso aos ativos financeiros em Nova York.
As apostas de elevação em 25 pontos-base da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do fim do mês caíram para 24% na quinta-feira (4), ante 80% na manhã de terça-feira (2), quando o dólar subiu até R$ 5,70 ecoando o mau humor após discurso de Lula.
Ainda assim, analistas justificam que as apostas em alta da Selic neste ano persistem, porque o mercado desconfia da potência das medidas de ajuste fiscal.
O ambiente positivo em Nova York nesta manhã pode amenizar o impacto negativo na Bolsa em meio aos recuos do petróleo e de 2,03% do minério de ferro na bolsa de Dalian, que podem pressionar as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e da Vale (VALE3) respectivamente.
A queda dos juros dos Treasuries e do dólar no exterior pode trazer alívio à curva de juros e ao câmbio na abertura dos negócios. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, subia 0,96% no pré-mercado por volta das 6 horas.
Em meio a uma agenda econômica interna vazia, investidores devem monitorar falas do presidente Lula após uma trégua na alta no câmbio e dos juros futuros nos últimos dois dias. O silêncio do presidente Lula em crítica ao BC e o anúncio do corte de quase R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias em 2025 podem ditar o rumo dos negócios ao longo do dia.
O Ministério da Previdência Social prevê que a operação de revisão de benefícios sociais supervisionados pela pasta seja iniciada no próximo dia 23, segundo apurou o Broadcast. Um dos focos principais do pente-fino são os benefícios por incapacidade temporária, o antigo auxílio-doença, e permanente,que continuam sendo pagos irregularmente e podem ser cancelados.
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*Com informações do Broadcast
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