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Mercado hoje: divulgação do payroll e falas do presidente do Fed movimentam as bolsas

No Brasil, repercussão do balanço da Petrobras e evento com presidente Lula serão monitorados

Mercado hoje: divulgação do payroll e falas do presidente do Fed movimentam as bolsas
Painel do Ibovespa. (Fonte: Adobe Stock)

O retrato do mercado de trabalho nos Estados Unidos em fevereiro será conhecido nesta sexta-feira (8) com a divulgação do relatório de emprego do país (payroll).

Também é esperado discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Nova York, John Williams e, na China, saem os índices de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de fevereiro.

Aqui, o investidor acompanha a teleconferência da Petrobras, após surpresa negativa com o balanço trimestral. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará de almoço em um point petista de Brasília para comemorar o Dia Internacional da Mulher.

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Os mercados internacionais operam sem direção única à espera do relatório de emprego  americano para ajustar as apostas para início de cortes de juros nos Estados Unidos.

A expectativa é de desaceleração na criação de vagas, no salário médio por hora e manutenção da taxa de desemprego. Se isso se confirmar, as apostas de primeiro corte de juros em junho devem ganhar força.

Há pouco, essa probabilidade estava em 74,4%. Na última quinta-feira (7), as bolsas de Nova York fecharam em alta após o presidente do Fed, Jerome Powell, dizer ontem que o banco central do país “não está longe” de estar capacitado para começar a reduzir juros, em seu segundo dia de depoimento no Congresso americano.

Também ontem o presidente dos EUA, Joe Biden, comemorou a queda da inflação no país e afirmou que a continuidade da trajetória de recuo dos preços vai permitir que os juros também caiam.

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Na Alemanha, a produção industrial subiu 1% em janeiro ante dezembro, superando a expectativa de analistas de alta de 0,7%. Já o PPI alemão caiu 4,4% em janeiro ante igual mês do ano passado. Analistas consultados pela FactSet previam deflação anual maior, de 6,8%.

Na zona do euro, o Produto Interno bruto (PIB) do quarto trimestre ficou estável na margem na leitura
final, como previsto.

No Brasil

A surpresa negativa com o balanço da Petrobras (PETR3; PETR4) deve pesar no Ibovespa nesta sexta-feira. O ADR da estatal caía quase 10% no pré-mercado em NY às 7h25, enquanto o EWZ, maior fundo de índice de papéis do Brasil negociado em Nova York, tinha queda de 1,81%.

O ADR da Vale (VALE3) operava estável em dia de queda de 1,13% do minério de ferro e expectativa com o fim da novela sobre a sucessão no comando da mineradora, que pode ter um novo capítulo nesta sexta-feira e, segundo fontes que acompanham o processo, está mais perto do fim.

O recuo dos retornos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) e do dólar lá fora tende a dar alívio aos juros futuros e beneficiar o real. No lado fiscal, membros da equipe econômica avaliam que, embora as receitas estejam vindo fortes, é cedo para ampliar gastos.

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A meta de zerar o déficit em 2024 segue como um grande desafio e um contingenciamento nas despesas em março não está descartado, segundo essas fontes.

E o diretor de política monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, tem uma meta: garantir monotonia na instituição. É o que revelou durante um evento em São Paulo, esta semana. “A prova de que o BC está ficando chato, monótono, de pouca volatilidade, eu acho espetacular”. Ex-número 2 do Ministério da Fazenda, Galípolo é cotado para suceder a Roberto Campos Neto no comando do BC.

Agenda

A agenda desta sexta-feira (8) traz a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll), com dados de geração de postos de trabalho, taxa de desemprego e salário médio por hora (10h30).

É esperado discurso do presidente do Fed de Nova York, John Williams em evento em Londres (9h). Ainda no exterior, a China informa dados de inflação no fim da noite (22h30).

No Brasil, tem o IPC-S de março (8h) e a nota de crédito do Banco Central (8h30). A Petrobras faz a teleconferência dos seus resultados trimestrais.

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