Os destaques econômicos desta quinta-feira (11) estão voltados à decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), com o possível corte de juros pela quinta vez seguida, assim como a divulgação de dados das vendas no varejo restrito e ampliado no Brasil.
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Ainda nesta quinta-feira, são esperados os números de inflação ao produtor (PPI) dos Estados Unidos, seguidos de discursos de três dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano): de Nova York, John Williams, pela manhã; de Boston, Susan Collins, no começo da tarde; e de Atlanta, Raphael Bostic, no meio da tarde.
Petrobras (PETR3; PETR4)
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, recebeu nos últimos dias importantes apoios que explicam por que ele ganhou fôlego no cargo após ser considerado demissionário na semana passada, segundo apurou o Estadão. Representantes do governo reagiram em sua defesa, como senadores, políticos do PT e até o ministro da Fazenda, Fernando Haddad – entenda como as trocas em cargos executivos afetam as estatais nesta matéria.
Líder do governo no Senado, Jaques Wagner afirma que o governo “foi convencido” de que pode remunerar os investidores sem prejudicar o plano de investimentos da Petrobras, argumento defendido por Prates. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, na reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última segunda-feira (8), Haddad defendeu a permanência de Prates no cargo e disse que seria um erro demiti-lo.
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O mercado reagiu mal à possibilidade de troca por Aloizio Mercadante e parte do Congresso avaliou negativamente o avanço de Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, sobre a Petrobras. A investida motivou líderes do Senado a procurarem o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, que ouviu deles que a queda de Prates não seria aceita na Casa. Políticos do PT afirmam, sob reserva, que os movimentos recentes de Prates e o apoio que reuniu chegaram a Lula e, assim, a troca perdeu força.
Nessa quarta-feira (10), a ação preferencial da estatal subiu 3,02%, levando a empresa a retomar os R$ 526,9 bilhões em valor de mercado em meio a sinais de manutenção de Prates no comando – veja como terminou o pregão dessa quarta-feira.
3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3)
A fusão entre a 3R Petroleum e a Enauta deve levar a um ajuste nas participações dos maiores acionistas da empresa resultante, que devem comprar ações de quem não quer ficar no negócio. Conforme o Broadcast, a maior fatia na combinação, 12%, será do Bradesco, que não teria interesse em manter os papéis no longo prazo.
Segundo fontes, a alavancagem do novo negócio será de 0,8 vez. Assim, considerando o seu porte e o baixo endividamento, a nova empresa deve liderar novas consolidações no curto e médio prazos, além de se tornar boa pagadora de dividendos. A PetroReconcavo (RECV3) segue nos planos.
Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil desembolsou R$ 42 bilhões este ano até a primeira semana de abril em crédito para grandes empresas, que faturam ao menos R$ 1,3 bilhão. O volume, considerando o primeiro trimestre, é 80% maior que o do mesmo período do ano passado, conforme apurou a Coluna do Broadcast.
Neonergia (NEOE3)
O volume de energia injetada na rede da Neoenergia aumentou 8,2% no primeiro trimestre deste ano, ante igual período de 2022, para 22.102 GWh. Já o volume de energia distribuída por suas concessionárias cresceu 8,5% de janeiro a março, somando 18.918 Gwh.
Empresas aéreas
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, publicou nas redes sociais que o programa Voa Brasil, que prevê passagens áreas por até R$ 200 para aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e estudantes do Programa Universidade Para Todos (Prouni), será lançado oficialmente na próxima quarta-feira (17). Para ele, o programa foi fruto de uma construção coletiva com as companhias aéreas.
Ainda no setor, destaque para Gol (GOLL4), que conseguiu o aval da corte de Nova York para acessar a terceira e última parcela do empréstimo na modalidade DIP (quando o devedor permanece na posse dos bens em meio ao pedido de recuperação judicial), segundo a imprensa nacional.
Natura &Co (NTCO3)
O Conselho de Administração da Natura &Co aprovou o encerramento do programa de ADRs (recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) e a rescisão do contrato com o banco depositário The Bank of New York Mellon. A intenção da deslistagem da Bolsa de Nova York foi anunciada em janeiro.
Santander (SANB11)
O Conselho de Administração do Santander Brasil aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) no valor líquido de R$ 1,275 bilhão, a R$ 0,162 por ação ON, R$ 0,17 (PN) e R$ 0,34 (Unit). As ações passam a ser negociadas “ex” a partir do dia 22.
Energisa (ENGI11)
O Conselho de Administração da Energisa aprovou a 20ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária (que não faz uso de privilégios), em até três séries, no valor de R$ 1,4 bilhão.
Americanas (AMER3)
A Americanas, em recuperação judicial, convocou para 10 de maio, assembleia geral extraordinária de acionistas para deliberar sobre grupamento de ações, na proporção de 100 ações ordinárias para 1 ação. Na pauta está ainda a aprovação do aumento do limite do capital autorizado, que passa a ser de 435.084.497 ON; e alteração do estatuto social.
Boa Safra (SOJA3)
A Boa Safra Sementes protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de registro de oferta pública de distribuição primária de, inicialmente, 11.494.250 ações ON, sob o rito de registro automático de distribuição. A quantidade de ações poderá ser acrescida em até 100% do total inicialmente ofertadas, em até 11.494.250 ações.
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Considerando o fechamento da ação em 9 de abril, de R$ 17,40, a oferta pode somar R$ 199.999.950,00, sem considerar as ações adicionais, e R$ 399.999.900,00, considerando a colocação da totalidade das ações adicionais.